sábado, 21 de novembro de 2009

Silent Suffering: Pastors and Depression

What kind of personal pain would cause a 42-year-old pastor to abandon his family, his calling and even life itself? Members of a Baptist church here are asking that question after their pastor committed suicide in his parked car in September. Those who counsel pastors say Christian culture, especially Southern evangelicalism, creates the perfect environment for depression. Pastors suffer in silence, unwilling or unable to seek help or even talk about it. Sometimes they leave the ministry. Occasionally the result is the unthinkable.

Experts say clergy suicide is a rare outcome to a common problem. But Baptists in the Carolinas are soul-searching after a spate of suicides and suicide attempts by pastors. In addition to the September suicide of David Treadway, two others in North Carolina attempted suicide, and three in South Carolina succeeded, all in the last four years.

Being a pastor—a high-profile, high-stress job with nearly impossible expectations for success—can send one down the road to depression, according to pastoral counselors. "We set the bar so high that most pastors can't achieve that," said H.B. London, vice president for pastoral ministries at Focus on the Family, based in Colorado Springs, Colo. "And because most pastors are people-pleasers, they get frustrated and feel they can't live up to that." When pastors fail to live up to demands imposed by themselves or others they often "turn their frustration back on themselves," leading to self-doubt and to feelings of failure and hopelessness, said Fred Smoot, executive director of Emory Clergy Care in Duluth, Georgia.

Most counselors and psychologists interviewed for this article agreed depression among clergy is at least as prevalent as in the general population. As many as 12% of men and 26% of women will experience major depression during their lifetime, according to the American Medical Association. "The likelihood is that one out of every four pastors is depressed," said Matthew Stanford, a professor of psychology and neuroscience at Baylor University in Waco, Texas. But anxiety and depression in the pulpit are "markedly higher" in the last five years, said Smoot. "The current economic crisis has caused many of our pastors to go into depression." Besides the recession's strain on church budgets, depressed pastors increasingly report frustration over their congregations' resistance to cultural change.

Nearly two out of three depressed people don't seek treatment, according to studies by the Depression and Bipolar Support Alliance. Counselors say even fewer depressed ministers get treated because of career fears, social stigma and spiritual taboo. "Clergy do not talk about it because it violates their understanding of their faith," said Scoggin. "They believe they are not supposed to have those kinds of thoughts." Stanford, who studies how the Christian community deals with mental illness, said depression in Christian culture carries "a double stigmatization." Society still places a stigma on mental illness, but Christians make it worse, he said, by "over-spiritualizing" depression and other disorders—dismissing them as a lack of faith or a sign of weakness. Polite Southern culture adds its own taboo against "talking about something as personal as your mental health," noted Scoggin. The result is a culture of avoidance. "You can't talk about it before it happens and you can't talk about it after it happens," said Monty Hale, director of pastoral ministries for the South Carolina Baptist Convention.

For pastors, treatment can come at a high price. In some settings, however, it is becoming more acceptable for clergy to get treatment. "Depression is part of the human condition," added Scoggin. "Some people simply find ways to gracefully live with it. Like other chronic illnesses, you may not get over it."

Experts at Gordon-Conwell Theological Seminary suggest that pastors can help prevent depression by engaging in intentional replenishment weekly or monthly, confiding in their spouse and seeking spiritual direction with another pastor who ministers to them. They should also establish boundaries and set realistic expectations. "Jesus did not heal everyone, even though it was within His power to do so. No one is capable of successfully ministering to every person in need," said Drs. Sidney Bradley and Kelly Boyce with GCTS. "Pastors can also normalize the problem of depression by teaching about it. This can help people understand it, and dispel the idea that Christians are immune from depression. Research has shown that when therapy is combined with medication, there is a 90 percent successful treatment rate. Depression is very, very treatable."
USA Today 10/29/09

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Pausa para a foto ...

Erótika Fair Depoimentos

Erótika Fair Depoimentos from sexxxchurch on Vimeo.

SEXXXCHURCH







36SEXXX

36SEXXX
O que é?

Esse projeto nasceu do desejo de fazer mais do que simplesmente desafiar. Nasceu do desejo de fazer algo palpável para aqueles que aceitarem a proposta de viver uma vida de pureza sexual, e de durante 36 dias refletir a respeito disso.

Nosso objetivo é viabilizar tudo que acreditamos e tudo que viemos aprendendo no ministério para a vida de cada um que se dispor a refletir e orar, e mais que isso… viver uma vida pura.

Durante 36 dias, vamos separar nossa atenção para tratar de assuntos relacionados a sexualidade, cremos que a pureza sexual é algo que é desenvolvido no dia a dia, assim como a nossa salvação, mas pra quem tem a vida toda pela frente 36 dias não são muita coisa.

Neste período vamos orar, ler, pensar, escrever, desenhar, cantar, pular, dançar, enfim! Fazer e acontecer de muitas formas para dar a oportunidade de realmente sermos transformados por Deus através da reflexão, oração e confissão sobre um assunto que é tão pouco falado hoje em dia dentro de nossas igrejas: séquisô, e todas as suas vertentes que de alguma forma foram deturpadas ao longo do tempo.

Pra quem é?

O objetivo é convidar adolescentes e jovens a participarem, mas se você não se encaixa nesse perfil, não se sinta tiozão! Deus pode mostrar muitas coisas de muitas maneiras, não tem como limitar.
Agora, se você já é casado talvez algumas partes disso tudo não façam muito sentido, pois você já tem carta branca de Deus pra brincar, mas ainda assim: mas isso não significa que você não corre o risco de estar vivendo o sexo fora daquilo que Deus planejou.

Como funciona?

“Ser salvo não custa nada, ser discípulo custa tudo”.

É simples. Considere a proposta como um jejum “sexual”. O que sugerimos não é nada além do que a Bíblia já não proponha. Mas pra tratar de forma prática, o que estamos falando é que durante esses 36 dias, você se abstenha de masturbação, pornografia, e qualquer tipo de comportamento que te leve a pecar na área sexual (a segunda ou a primeira olhada, aquela blusa decotada, o xaveco desnecessário, a saia curtíssima, o comentário sobre a menina, o programa de TV que só passa depois da meia noite), se você é solteiro não fique, se você namora não apalpe… gaste o tempo refletindo, conversando e crescendo em amor com aqueles que estão perto de você. Podemos sugerir, mas esses 36 dias vão acontecer da forma que você encará-los.

Propomos uma tentativa de viver a vida de forma pura, ou pelo menos da forma como Deus gostaria que vivêssemos a nossa sexualidade enquanto jovens, e enquanto cidadãos do mundo HOJE. E é claro… não só por 36 dias.

Você não é santo demais pra tentar…


FONTE: http://sexxxchurch.com/home/

Tsunami: Carta Aberta a Ricardo Gondim - por Pr. Eros Pasquini

A “carta aberta” abaixo foi escrita pelo Pr. Eros Pasquini em virtude de um artigo do Pr. Ricardo Gondim (”Quem Deus ouviu primeiro”), disponível no site do mesmo, no qual ele defende a heresia do “Open Theism” [Teísmo Aberto], fazendo declarações absurdas e blasfemas a respeito de Deus.

Para ajudar o leitor, postaremos os textos na seguinte ordem:

1 – Texto do Pr. Gondim – “Quem Deus ouviu primeiro”;
2 – “Carta aberta” do Pr. Eros Pasquini;
3 – Réplica do Pr. Gondim;
4 – Tréplica do Pr. Eros Pasquini;

Nos textos do Pr. Eros, deixaremos as citações do Gondim, às quais ele faz referência, em azul, para facilitar a leitura.


1 – Texto do Pr. Ricardo Gondim:

O texto abaixo foi retirado do site do Pr. Ricardo Gondim, mas não se encontra mais disponível.

Quem Deus ouviu primeiro?
Ricardo Gondim

No domingo, 26 de dezembro, cantamos Noite Feliz, Noite de Paz. A igreja lotada com cerca de duas mil pessoas, se comovia com o coral de homens e mulheres sorridentes, vestidos de batas prateadas. Celebramos uma autêntica noite de paz. Um holofote de luz azulada se refletia nas roupas colorindo todo o ambiente de uma penumbra bucólica. Apesar do verão em nosso hemisfério, um frio tímido e gostoso nos envolvia, dando a falsa impressão de um natal europeu. Em pé, cantamos que Deus é supremo e afirmamos, de olhos úmidos, que não há outro além do Senhor.

Naquele mesmo momento, na Ásia, os primeiros raios da madrugada da segunda-feira, dia 27, iluminavam o rosto inchado de crianças boiando em charcos de lama. O domingo terminara sem nenhum coral perfilado e sem cultos em nenhuma igreja. Só ressoavam gritos de mulheres, milhares delas, que mesmo acostumadas à miséria, nunca aprenderam a aceitar a morte. Na Índia, Sri Lanka, Tailândia, Indonésia, não houve noite de paz e ninguém “dormiu em derredor”.

Deus ouvia quem? Nosso culto intimista ou o caos asiático? Ele conseguia se manter atento à nossa gratidão pela mesa farta que devoramos dois dias antes, ou se curvava ao clamor dos órfãos do tsunami? Deus percebeu nossos olhos comovidos pelo presépio improvisado por nossos filhos ou atentava ao choro da viúva solitária? Será que o Senhor considerou ridículo o sermão do pastor que naquele momento prometia, um ano novo de prosperidade e que o Todo Poderoso cumpriria os desejos de um auditório egocêntrico? Será que Deus pode ser tão perfeito que consiga separar tão perfeitamente momentos simultâneos?

Não consigo dormir faz três dias. Permaneço em estado de choque pelo que vi. Não esqueço aquela cena das pessoas num ponto de ônibus, agarradas umas às outras, gritando desesperadas por um socorro que não veio. Chorei quando a televisão mostrou o desespero de um pai desmaiado por haver presenciado o resgate do corpo de seu filho de um monturo de lixo. Não me considero um exemplo de sensibilidade, e nem minha empatia pela sorte dos desvalidos serve de modelo para a humanidade. Se eu que sou mau, não consigo continuar impassível diante de cenas tão chocantes, Deus conseguiria?

Admito que esses meus questionamentos não ajudam a dar respostas sobre uma teodicéia convincente. Sei o que os filósofos e teólogos perguntam: “Se Deus é onipotente e bom, como pôde acontecer tamanha tragédia? Se Ele é onipotente e nada fez, resta-nos pensar que não é bom. Se é bom e não tomou nenhuma iniciativa, temos que deduzir que não é onipotente”.

Alguns respondem que na sua providência eterna, Ele sabe o que faz e que seus “atos divinos” não podem ser argüidos por nós, meros vasos de desonra; Deus dá vida e mata quem quiser. Confesso que já tentei, mas cheguei à conclusão que não há nenhuma força persuasiva no universo que me convença desses argumentos. Não aceito que Deus, para alcançar seu propósito, produza um sofrimento brutal em tanta gente miserável, que não pediu para nascer na beira de uma praia paupérrima. Outros argumentam que Deus não pode ser responsabilizado por um holocausto, pelos simples fato de que não foi Ele quem colocou as pessoas pobres naquela situação de extrema miséria. Esses afirmam que embora Deus já soubesse todos os desdobramentos do terremoto, não fez nada, porque queria manifestar sua glória a um mundo rebelde. Será que a glória de Deus custa tão caro? Meu coração continua insatisfeito.

Acredito que diante duma tragédia dessa magnitude precisamos repensar alguns conceitos teológicos. Por exemplo: o que significa a palavra Soberania; o que se entende por Onipotência? Conceitos como esses significam o quê dentro dos paradigmas das ciências sociais pós-modernas? Será que não estamos insistindo em ler as Escrituras com as mesmas lentes dos medievais? Não projetamos para a Divindade as mesmas idéias que eles nutriam sobre seus reis déspotas?

Estou convencido que a teologia clássica não responde mais às indagações que nascem diante de eventos fortuitos que matam indiscriminadamente; sequer consegue lidar com a aleatoriedade quântica ou com os movimentos despropositais da natureza. Sinto que a mensagem evangélica utilitária e geradora de sentimentos ensimesmados, perdeu seu sentido, mesmo tendo dominado o cristianismo ocidental por séculos.

Admito que não há respostas fáceis. Eu não saberia como consolar os parentes das mais de sessenta mil pessoas mortas – um terço eram crianças. Porém, estou certo que precisamos rever os alicerces em que montávamos nosso edifício teológico.

Hoje sei que Deus não nos criou com o intuito de micro gerenciar todos os nossos atos. Ele não queria que formássemos sistemas religiosos em que O responsabilizaríamos por triunfos e tragédias humanas. Precisamos tomar cuidado quando afirmamos: Deus é amor! O que essa frase significa em relação à Sua ausência misteriosa? Quais as últimas implicações do Seu desejo de se relacionar com a humanidade? A não-onipotência de Jesus Cristo é semelhante à não-onipotência de Jeová?

Só uma réstia da revelação brilha em minha alma: o Deus da Bíblia soberanamente criou o universo, mas ao formar mulheres e homens, abriu mão de sua Soberania para estabelecer relacionamentos verdadeiros. Ele não se despojou de sua natureza onipotente, que por definição não podia fazer, mas se esvaziou de suas prerrogativas divinas – evidenciadas em Jesus Cristo.

Não, Ele não pôde evitar a catástrofe asiática. Assim, sinto que a morte de milhares de pessoas, machucou infinitamente mais o coração de Deus do que o meu – o sofrimento é proporcional ao amor. O pouco que conheço sobre Deus e sobre seu caráter me indica que há muitas lágrimas no céu.

Mas Deus podia e pode se fazer presente no meio da tragédia. Ele podia ter evitado muitas mortes, se déssemos ouvidos aos seus princípios e verdades e a humanidade usasse o dinheiro gasto em armas e bombas para viver num mundo mais justo. Bastava que um sistema de alarme, construído pelos homens, tivesse soado e muitas vidas teriam sido poupadas. Agora, o rosto de Deus se evidenciará nos pés e nas mãos de cada voluntário que acudir aos que choram.

Continuo perplexo diante de tudo o que nos sobreveio e sem todas repostas, mas espero que minhas intuições estejam me conduzindo no rumo certo.

Soli Deo Gloria


2 -”Carta Aberta” do Pr. Eros Pasquini:

Gondim me assusta! Em lugar de ser um “ministro da reconciliação”, num momento crítico da humanidade, ele se constitui num “ministro da tragédia”, alguém que, em lugar de aproveitar a oportunidade para firmar nossa convicção no Deus da Bíblia, parece se fascinar em semear dúvida… como se Deus estivesse perdendo Sua soberania, Sua onipotência, onipresença, etc.!

Você gostaria de passar a eternidade com o Deus que Gondim descreve? Eu não!!

“[Deus] não pode evitar a catástrofe asiática”…

“…o Deus da Bíblia soberanamente criou o universo, mas ao formar mulheres e homens, abriu mão de sua Soberania para estabelecer relacionamentos verdadeiros”…

Desde quando um Deus Soberano é um Deus a Quem nós possamos “entender”, “explicar Seus atos”, exceto naquilo que Ele mesmo se dignou, por graça e misericórdia, nos revelar através da Bíblia e de Jesus?

“Não aceito que Deus, para alcançar seu propósito, produza um sofrimento brutal em tanta gente miserável, que não pediu para nascer na beira de uma praia paupérrima”. A Bíblia de Gondim deve estar desprovida de Romanos 9.13-24! …terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão… a Escritura diz ao faraó: “Eu o levantei exatamente com este propósito: mostrar em você o meu poder, e para que o meu nome seja proclamado em toda terra”… Quem é você, ó homem, para questionar a Deus?

“Não aceito que Deus… Quem é você, ó Gondim, para questionar a Deus? Desde quando Deus nos deve satisfação do que faz? Não é o recado claro que Deus dá a Jó (38-41)? À luz das declarações de Gondim, como ficam versículos como Jó 42.2: Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado?

É claro que eu, também, como você e como Gondim, venho assistindo a tudo, perplexo, com lágrimas nos olhos, coração inquieto, inevitavelmente recorrendo à pergunta humana e natural “por quê?”, por vezes, principalmente pelos milhares que morreram sem Cristo, e pensando em tantos de nossos irmãos que perderam tudo que possuíam e também seus queridos (os irmãos que morreram, apesar do modo, estão com Cristo!) e estão lutando, em seus corações com conceitos como Soberania, Bondade, Amor de Deus, etc. Essa luta todos temos (os da Ásia, é claro, em grau além do que possamos imaginar). Mas Deus nos deu Sua Palavra – livros como Jó, situações como a de Oséias (ordenado por Deus a casar-se com uma mulher adúltera), como a de Ezequiel [livro de inconfundível relatar da Soberania de Deus em ação, onde Deus tem a liberdade de condenar, estando igualmente livre para ser misericordioso], onde o profeta é informado pelo SENHOR que perderá a mulher e é proibido de chorar a perda (24.15-18) para poder comunicar uma mensagem clara de Deus ao povo impenitente… a Bíblia de Gondim não tem esses textos? Pior que tem…

“A não-onipotência de Jesus Cristo é semelhante à não-onipotência de Jeová?” Quando Gondim solta uma pergunta assim, ele está revelando ignorância de um “pilar” da Cristologia – a unidade hipostática (união em uma única Pessoa, das naturezas humana e divina), querendo atribuir a Deus Pai uma humanidade que não possui, ou ele está querendo minar intencionalmente a confiança das pessoas no Deus que é:

o Espírito
o Vida
o Perfeito
o Único
o Eterno
o Santo
o Transcendente
o Auto-suficiente
o Infinito
o Imutável
o Onipotente
o Onipresente
o Onisciente
o Soberano
o Fiel
o Amor
o Luz
o Verdade
o Bom
o Sábio
o Justo
o Misericordioso
o Gracioso
o Irado (contra o pecado e os ímpios)
o Perdoador
o Paciente
o Reto
o …?

“Acredito que diante duma tragédia dessa magnitude precisamos repensar alguns conceitos teológicos…. [como Soberania, Onipotência]… dentro dos paradigmas das ciências sociais pós-modernas”. Essa é MUITO inquietante! Gondim certamente já leu a respeito de uma tragédia ligeiramente maior, chamada Dilúvio, provocada por Deus para julgar a malignidade humana, ou ele acha que isso é mito? Quantos morreram naquela “tragédia”? Com certeza, mais que 155,000!

“Diante duma tragédia dessa magnitude”, ele diz, sugerindo, nas entrelinhas, que sofremos mais hoje em dia. Vejo isso como um egocentrismo simplório, como se o mundo jamais tivesse experimentado outras catástrofes: o que dizer do terremoto de Shansi, China, que em 1556 matou 830,000 pessoas? Da inundação de 1887 na mesma China, que ceifou a vida de 1 milhão de pessoas? Do ciclone que em 1997 matou 300,000 no Paquistão e Bangladesh?

Até quando vamos nos calar diante de líderes cuja cosmovisão passa primeiro pelo filtro da mente humana, interpretando a História com base no raciocínio, na observação, na experiência e na sabedoria humanos, fazendo das ciências sociais o parâmetro, forçando a Bíblia – a auto-revelação inerrante e suficiente do Deus Soberano, Criador e Sustentador dos céus e da terra e nosso Salvador/Senhor – a ter que se encaixar com o que o homem, no auge de sua arrogância, pensa? 1 Coríntios 1.18-2.5 trata disso!

” …espero que minhas intuições estejam me conduzindo no rumo certo”, diz Gondim. A Bíblia responde: O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença incurável. Quem é capaz de compreendê-lo? (Jr 17.9). Ouve quem quer!

Será que vamos assistir a esse “sutil (embora nem tanto)” ressurgimento pós-moderno da neo-ortodoxia (misturada com deísmo), calados? Infelizmente, há bastante gente em nossas igrejas que está lendo e ouvindo homens que têm esse tipo de convicção. Há líderes que estão preferindo dar ouvidos a discursos como esse a “mergulhar nas Escrituras” à busca de respostas… dá menos trabalho! Esse tipo de interpretação da História está brotando em muitos seminários outrora sérios para com a Palavra de Deus e está gerando “líderes” que têm esse discurso de um deus impotente, de um dualismo que mais parece um Luke Skywalker sendo cada dias mais vencido por Darth Vader.

Solução? Judas 3, caríssimos! precisamos batalhar pela fé de uma vez por todas confiada aos santos!

Estamos vivendo dias na igreja brasileira que se chama pelo nome de Jesus Cristo em que precisamos atentar, mais do que nunca, criteriosamente à exortação de Paulo: Pregue a Palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; ao contrário, sentindo coceira nos ouvidos, juntarão mestres para si mesmos, segundo os seus próprios desejos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos. (2 Tm 4.2-4).

Maranata!
Eros Pasquini

3 – Réplica do Pr. Ricardo Gondim à “Carta Aberta” acima:

Eros,

Recebi, consternado e triste, sua reação ao meu texto. Não por sua discordância, já que nenhum de nós fala “ex-catedra” sobre qualquer assunto. Porém, não estou acostumado a tanta virulência. Aliás, a essa altura de minha vida o que menos quero é vivenciar hostilidades, de qualquer espécie. Para mim, seria mais importante tê-lo como meu irmão do que um parceiro que simpatiza com minha teologia.

Ficou bastante claro que não concordamos em vários posicionamentos teológicos, mas infelizmente, não há mais clima relacional para debatermos os nossos conteúdos. Minha percepção é que você não se preocupou comigo como um irmão, mas se apressou em me rotular e me tratar como herege, que, “no auge de sua arrogância”, semeia pensamentos vãos. Fico triste que no debate de idéias, para consolidar os pontos de vista, firamos as pessoas com frases do tipo:”Gondim me assusta”; “Ele se constitui num ‘ministro da tragédia’”, “Você gostaria de passar a eternidade com o Deus que Gondim descreve?”.

Lamento que minhas inquietações tenham gerado tanta indignação em sua alma. Não, não estou querendo “minar intencionalmente a confiança das pessoas no Deus que é”. Talvez, antes de fazer uma declaração dessas, com forte conteúdo de juízo, você devesse passar algum tempo comigo para saber por onde caminha meu coração, minhas lágrimas pessoais, minhas dúvidas.

Sabe Eros? Você está corretíssimo em sua teologia, quem sou eu para negar os textos citados? Continue um paladino da ortodoxia. Defenda a fé. Confesso que não sou tão inabalável; assim, me recolho com minhas dores, procurando, na comunidade onde pastoreio, transformar meu “egocentrismo simplório”, em expressões concretas de compaixão.

Ricardo Gondim

4 -Tréplica do Pr. Eros Pasqnini:

Gondim,

Passei o dia fora, ontem, e só li seu e-mail há pouco.

Se a situação fosse inversa, eu também ficaria “consternado e triste”. Entretanto, sendo “profeta” como você também o é, a forma como você manifestou suas “lágrimas pessoais, por onde anda [seu] coração” – ou seja, publicamente - passou um recado claro: ele quer ser conhecido como quem pensa assim; e frases como “não há nenhuma força persuasiva no universo que me convença desses argumentos [que Deus age sem dar satisfação a nós]… não aceito que Deus, para alcançar seu propósito, produza um sofrimento brutal em tanta gente miserável, que não pediu para nascer na beira de uma praia paupérrima… apontam para o fato de que você aparentemente já se fechou para o que a própria Bíblia diz a esse respeito… não são bem as minhas declarações que tem “forte conteúdo de juízo”… suas declarações falam por si só: Conceitos como esses [Soberania, Onipotência) significam o quê dentro dos paradigmas das ciências sociais pós-modernas? Você mudou de cosmovisão – abandonou sua confiança na suficiência das Escrituras para colocar os paradigmas das ciências sociais pós-modernas como parâmetro para se enxergar a Deus. E quando você acrescenta: Será que não estamos insistindo em ler as Escrituras com as mesmas lentes dos medievais?, são minhas declarações que tem “forte conteúdo de juízo”, ou você não está dizendo que quem mantém sua confiança na literalidade da Palavra de Deus é retrógrado?

Se você tivesse, digamos, desafiado pessoas que vivem da Palavra, pregam a Palavra, para uma reflexão fechada, séria, de coração aberto – tipo criar um e-group só para isso – com o nome de todos citado no “Para, Cc”, eu veria isso com olhos de quem se lembra que, de vez em quando, minha cabeça também pira, e só a mulher com quem, pela graça de Deus, estou casado há quase 32 anos conhece boa parte dessas “minhas inquietações”… aí, alguns (poucos) amigos bem chegados conhecem uma parte menor dessas “minhas inquietações”… até que através da ajuda de um ou vários deles, ou de uma boa leitura de conteúdo bíblico, de uma pregação bíblica, ou através de meu próprio tempo na Palavra e oração… Deus se mostra novamente Soberano, Gracioso, Misericordioso, etc. Aí as “minhas inquietações” provam ser fruto de um homem que, conhecedor da Palavra (como você, também, o é), conhecedor de tantas bênçãos (como você, também, o é), por um descuido, tirou os olhos de Jesus. Não foi a única vez que esse “tirar os olhos de Jesus” aconteceu, mas a que mais me marcou foi quando esbravejei com Deus (punho cerrado) quando soube que meu pai estava com câncer e tinha dias contados. Não recomendo isso para ninguém, e sei que Deus não é glorificado quando temos esse tipo de atitude… mas Deus é tão gracioso e misericordioso que usou aquele momento (são passados 28 anos) para que a Soberania Dele deixasse de ser um conceito de sala de aula, guardado no intelecto, e passasse a ser “massa do meu sangue” – algo bem presente no meu coração. Deus me encheu de tanta paz e convicção que no culto de sepultamento do papai, meu texto foi: Os passos do homem são dirigidos pelo Senhor; como, pois, poderá o homem entender o seu caminho? Pv 20.24.

Mas do jeito que você fez – publicamente – foi mais que “sua inquietação” … mesmo que não tenha sido sua intenção, acabou sendo “sua ‘pregação’ “! Gondim, você sabe que tem um público (grande) te ouvindo… certamente muitos que nunca passaram sequer por uma Escola Dominical, um grupo de estudo bíblico, etc. … lançar para esse tipo de público “suas inquietações”, você me deixou alguma outra alternativa?

Entretanto, acreditando na sinceridade* de suas declarações abaixo, dando-lhe, portanto, o benefício da dúvida, e isso aliado ao acima exposto, talvez eu tenha deixado de lado uma provável alternativa… ao dizer o que você disse, da forma que disse, e para quem disse… você agiu, espiritualmente falando, com irresponsabilidade (precipitação), em lugar de ter intenção errada. E se esse for o caso, o tempo dirá, e eu serei o primeiro a reconhecer que errei na minha análise.

Encerro pedindo que você leia o artigo anexo: vem de um obreiro da HCF -Hospital Christian Fellowship, no Sri Lanka, que ao contrário de nós dois, está vivendo na pele o drama que nós só vimos à distância. Quando li, fiquei envergonhado de chegar a “pirar” por motivos tão menores, comparativamente insignificantes. Espero que faça bem ao teu coração*.

Eros

-O Anexo:

Tradução da carta disponível na internet (sem revisão)

Disseram-me: Os restantes, que não foram levados para o exílio e se acham lá na província, estão em grande miséria e desprezo; os muros de Jerusalém estão derribados, e as suas portas queimadas a fogo. Tendo eu ouvido estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus”.
Neemias 1: 3 e 4

Saudações no nome de Jesus.

Deus é Bom! Deus é Gracioso! Deus é Generoso! Deus é Ótimo!

Obrigado

Muito obrigado por todas as expressões de amor e preocupação e cuidado para conosco e com todas as nações que foram atingidas pelas ondas do maremoto. O que uma devastação tem causado! Obrigado também por toda a ajuda prática enviada. Por favor, nos perdoe pela demora em responder. Eu estava em Batticaloa, uma das piores áreas atingidas, executando apoio médico.

Essa manhã, enquanto lia as muitas cartas que recebemos, chorei. Elas me tocaram profundamente. OBRIGADO! O amor e orações de vocês curaram meu enfraquecimento e meus sentimentos internos.

Colegas do Hospital Christian Fellowship

Alguns de vocês perguntaram sobre nossas colegas. Sim, alguns de nossos caros amigos perderam alguns de seus queridos. Uma doutora perdeu sete de sua família, incluindo os pais. Outro perdeu cinco membros de sua família. Muitos crentes também morreram. Um pastor, enquanto ajudava as pessoas mais velhas de sua igreja, perdeu a esposa e dois filhos. Deus está os confortando. Muitas crianças também morreram. Há muitos outros bastante afetados.

Situação

Estamos muito preocupados com a terrível destruição da Sumatra, Índia, Andaman, Myanmar, Tailândia, Malásia, Maldivas e outros lugares. Aqui no Sri Lanka, o número de mortos continua crescendo. É maior do que ouvimos ou esperamos. Muitos estão desaparecidos e corpos continuam a serem descobertos.

Há 750 centros de refugiados e muitos estão desabrigados. Os auxílios terão que ser bem coordenado a curto e longo prazo. Levará muito tempo para escrever as histórias de destruição de vidas e casas, etc. e também as surpreendentes histórias de sobreviventes. Deus estava bem presente em todas elas apesar do horror.

As pessoas ainda estão meio estupefatas e chocadas. Há luto e lágrimas e um senso de desesperança e choque. A Igreja no Sri Lanka está realmente agindo com compaixão e cuidado.

Auxílio

Estamos envolvidos com o auxílio médico e trabalhando na coordenação com a Aliança Evangélica Nacional do Sri Lanka (afiliada a WEF). Foi muito tocante ministrar a centenas de refugiados e também ministrar ao Corpo de Cristo nessas áreas. Pudemos ver como a palavra de Deus causou tanto impacto e os animou. É muito difícil saber como coordenar, apesar disso Deus está ajudando.

Obrigado de novo pela vontade de muitos de virem aqui. Hoje o governo disse que há médicos estrangeiros o suficiente e que equipes médicas terão que ser registradas. Ainda procuramos clareza nisso. Ainda acreditamos que há uma enorme necessidade, mas é preciso sabedoria para coordenar isso através de centros baseados nas igrejas.

Promessas

Em meio a tudo isso Deus está dando promessas para o futuro. Na noite do dia 31 eu estava pensando que era provavelmente a primeira vez em 40 estanhos anos que eu não ia a um culto de véspera de ano novo. Mesmo assim vieram esses pensamentos:

2005 – Um ano do favor do Senhor.

a) 1 hora de maremotos que causou destruição. “Senhor, que esse ano seja cheio com ondas após ondas da graça de Deus e Sua amorosa bondade”.
b) Um severo terremoto – “Senhor, mande um terremoto espiritual às nações, um verdadeiro avivamento espiritual”.
c) Morte e destruição – “Senhor, nos mande vida em abundância”.
d) Tristeza e luto – “Senhor, nos dê um ano de alegria. Oh! Por um ano do favor do Senhor”.

Também estamos alertas sobre a segunda vinda de Cristo. Como repentinamente as coisas acontecem, devemos falar mais sobre a sua segunda vinda e vida com valores eternos em mente. Ele já está voltando!

Jeová Jireh

Deus observará isso!

Deus será visto!

Deus tornará isso claro!

Não agora, mas nos dias futuros, algum dia, de alguma maneira, iremos entender.

Em nossa viagem para o Oriente, eu fui secretamente e surpreendentemente tocado por como Deus provê. De pessoas a veículos, a acomodações, a remédios, a refeições, a aberturas, a finanças. Foi simplesmente muito, muito precioso.

Sim, Ele é Jeová Jireh! E Ele tem dado a maior provisão para a maior necessidade de todas, JESUS!

Também, enquanto ministramos àqueles que estavam de luto, os seguintes pensamentos vieram à minha mente.

Jesus é o Homem de dores – Então Ele pode confortar os feridos.

Jesus morreu e conquistou a morte – Então Ele pode nos fortalecer em face à morte e remover o medo dela.

Ele é a Luz – Então Ele pode iluminar a nossa escuridão.

Ele é o Deus da Aliança. Êxodo 34 : 5 e 6 – Ele julga o pecado até a terceira e quarta geração. Mas sua misericórdia é 250 vezes mais, a mil gerações.

Também para as crianças que morreram e foram arrastadas, o Senhor irá levantar uma jovem, santa geração, os nazireus.

Aquele que não poupou a seu próprio filho, antes por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?“.Romanos 8:32

Ore por sabedoria para saber como coordenar as coisas aqui com respeito ao trabalho médico.

Obrigado de novo por toda essa expressão de amor, preocupação e ajuda.

Com muito amor,
Arul & Ranji & Família da HCF

FONTE: http://monergismo.com/?p=1037

Pensamento

TEOLOGIA RELACIONAL: A INÚTIL DISCUSSÃO ACERCA DE DEUS - Caio Fábio

Piedosas são sempre as tentativas humanas de pensar Deus sem vivê-Lo.

Sim! Quando a alma não quer a revelação e suas implicações de uma existência em fé e sem justiça-própria, entregando o ser sem para-quedas a Deus, o que surge é uma “teologia”.

Cada vez mais me perguntam o que acho da Teologia Relacional ou do Processo, as quais só não são a mesma coisa por uma diferenciação escolástica.

Ora, sem mencionar tais nomes em muito do que escrevo, entretanto deixo claro o que penso em todos os conteúdos deste site, os quais (os conteúdos) batem de frente-frente contra tais especulações.

Mas para aqueles que só entendem as coisas se elas tiverem nome e endereço, digo aqui o seguinte:

1. Que é loucura humana buscar entender como Deus é para além da revelação que Jesus fez e faz do Pai. Deus é Deus. E cabe ao homem amá-Lo conforme o que Dele se pode conhecer ou nos é revelado.

2. Que a especulação sobre a relação de Deus com a História Humana que não se fundamente na revelação que Jesus trás de Deus é tola, infantil, presunçosa e inútil.

3. Que tais especulações apenas desviam a atenção para algo que não se pode conhecer, em detrimento do que de Deus se pode conhecer.

4. Que Deus não é conhecido pelo intelecto, mas pela sensibilidade que tem no espírito humano seu chão e sua base. Assim, Deus se revela sem se explicar.

5. Que tanto o Calvinismo como também a Teologia Relacional são manifestações humanas equivocadas, ainda que sinceras, pois a Escritura é propositalmente contraditória e paradoxal aos sentidos humanos, posto que o que ela revela é divino, e não está ao alcance da especulação que busca sistematizar Deus.

6. Que se tem que viver com a humildade de quem ama Aquele que não pode ser compreendido, ao mesmo tempo em que se ponha em pratica tudo o que Dele se pode compreender; e que diz respeito ao homem e sua relação com Deus pela fé, e com a vida pelo amor.

7. Que a Teologia Relacional que as Escrituras ensinam nada tem a ver com o modo de Deus ser em relação ao homem para além do revelado, como quem busca entender os caminhos de Deus que são mais altos que os nossos caminhos. A Teologia Relacional que as Escrituras ensinam é justamente aquela que é evitada pelos teólogos na busca de entenderem o que não nos é possível — que é a relação do homem com Deus pela fé.

8. Que tal discussão não passa de sexo dos anjos, posto que dissimula o que é revelado; ou seja: que os homens se relacionem uns com os outros, com Deus, com a vida. Ora, a dissimulação é pensarem que estão muito ocupados pensando Deus.

9. Que Jesus acharia (pela manifestação que o Evangelho nos trás Dele) tudo isso uma grande tolice do tipo da dos escribas dos saduceus — que não criam na revelação em sua simplicidade, e, assim, criaram uma teologia na qual as ações dos homens e as de Deus se tornavam a mesma coisa.

10. Que a única Teologia Relacional que pode ser intelectualmente levada a sério é aquela que diz respeito ao homem com o homem; e ao homem com Deus, conforme João nos ensina em sua epístola de modo tão claro e obvio.

Assim, sem citar nomes, autores ou supostos pensadores, digo:

Não levo à sério que pensa assim, pois, quem pensa, assim não pensa, posto que pelo seu próprio pensar (se pensa de fato), vê que não é possível “pensar Deus”, pois Deus está acima do próprio pensamento.

Ora, se assim não fosse dir-se-ia que o homem, o justo, seria justificado pelo seu pensar!

O mundo está estrebuchando. Mas há pessoas dedicadas a fazer fimose de Deus, ao invés de simplesmente viverem o Evangelho conforme a simplicidade de Jesus.

Toda tentativa de pensar Deus para entendê-Lo, não apenas é tola, mas, sobretudo, é diabólica, pois, tira a energia humana do foco simples do Evangelho, e leva a pessoa para um ambiente virtual de uma piedade de sarcófago, posto que nada mais faz do que a exumação do único “Deus” passível de ser objeto de tal coisa — o “Deus da teologia”.

Digo isso não porque não pense. Sei que se começasse a especular sobre “Deus” eu seria muito bom nisto, pois, imaginação não me falta, muito menos capacidade de pensar com todas as implicações filosóficas de tal “viagem”.

Minha recusa quanto a tais coisas, portanto, não me acomete como sentimento de limitação no pensar até onde pensar seja possível, mas exclusivamente em razão de duas coisas: do temor de Deus conforme a consciência que tenho acerca Dele, assim como em razão da certeza total de que tais exercícios apenas exercitam a vaidade, mas não têm poder algum quanto a levar a vida à verdadeira experiência de Deus como conhecimento profundo e como piedade aplicável a esta existência.

O site, todavia, contém textos e textos que explicam em detalhes a vaidade de tais especulações!

Chega de Disneylândia teológica.

O buraco é infinitamente acima de nossas cabeças!

Assim, para os devotos da especulação que só interessa ao desinteresse pelo que de fato importa e interessa — eis a Palavra do Evangelho:

Disse-lhe Filipe:

Senhor mostra-nos o Pai, isso nos basta.

Disse-lhe Jesus:

Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, faz as suas obras. Crede-me que estou no Pai, e que o Pai em mim; crede-me ao menos por causa das mesmas obras. Em verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei. Se me amais, guardai os meus mandamentos.

Assim, a Teologia Relacional de Jesus não diz como Deus é, mas Quem Deus é. Desse modo apenas diz para se ver o Pai no Filho revelado e encarnado. Diz que tudo tem a ver com crer ou não crer. Diz que o que está disponível aos nossos sentidos são obras divinas a serem vistas e discernidas pela fé na revelação. Diz que tal relacionalidade é com Deus, e que ela se manifesta mediante a obediência e o amor. E conclui afirmando que a especulação sobre o Pai é tolice, pois o que do Pai se pode conhecer está revelado em Jesus.

Desse modo a questão de Jesus ecoa outra vez:

Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido?

Nele, que jamais se ocuparia com tais coisas, como de fato, tendo todas as chances, não o fez,

Caio

Ps: Se pelo menos os teólogos entendessem um pouquinho acerca de física quântica, saberiam quão tola tal discussão é em sua busca de discutir a atemporal soberania de Deus e a temporal e relativa liberdade humana. Sem um mínimo de consciência sobre o significado físico do tempo, não se tem nem como entender que não se pode entender a eternidade. Sim! Porque já que não crêem, poderiam pelo menos ir além das categorias medievais de nossas teologias a fim de pensarem de modo a fazer sentido com o que pensar significa.

02/05/07

Camboriú

Santa Catarina

Teologia Relacional - Que bicho é esse? - Ricardo Gondim.


(Advertência - O texto é longo e pode fazer mal à sua religião! – quer enfrentar?)

Um Tsunami inundou as praias asiáticas e eu, angustiado com aquela tragédia, escrevi um texto. Erradamente, vazei minhas dúvidas, deixando transparecer em público a minha dor.

Acontece que isso não se faz entre evangélicos, que convivem com certezas. Quase fui linchado em praça pública, já que os protestantes brasileiros se habituaram a “convicções fortes” a uma “fé inabalável” e a “afirmações irredutíveis”.

Outro erro meu: tolamente não cogitei, naquela altura dos acontecimentos, que teólogos e pastores já tivessem respostas com argumentos teológicos muito melhores do que os meus – tenho mais dúvidas do que certezas - para explicar a morte de algumas centenas de milhares de pessoas – a maioria pobre.

De lá para cá, se espalha um amontoado de fofocas pelos corredores evangélicos sobre minha adesão à Teologia Aberta – “Open Theism” em inglês. Como as pessoas ouvem o galo cantar, mas não sabem onde, recebo cartas quase diariamente me perguntando que bicho é esse chamado de Teologia Relacional.

Alguns queridos também escrevem preocupados com minha vida diante dessa "nova heresia”. Teismo Aberto e Teologia Relacional não são a mesma coisa. Vou tentar explicar a diferença.

Começo afirmando que não gosto de rótulos ou cercas que buscam circunscrever as pessoas dentro de categorias. Considero pobre e reducionista taxar alguém de calvinista, arminiano, liberal, relativista ou de qualquer outra coisa. Digo isso porque busco não deixar-me restringir a uma “nova” teologia ou repetir pensamentos enlatados, vindos de fora.

Lamento que professores de seminário continuem achando que aderi a uma única escola vinda dos Estados Unidos denominada “Teologia Relacional”. Eles nem sabem que esse termo é totalmente desconhecido lá.

Aliás, o termo “Teologia Relacional” foi cunhado por mim e pelo Stanlei Belan, um engenheiro muito amigo, membro da Betesda. Em nossos “papos-cabeça”, notamos que carecíamos de uma expressão que nos ajudasse a conceituar nossos arrazoamentos.

Realmente não dá para imaginar que dois tupiniquins o inventaram nos arredores de São Paulo durante um retiro de carnaval.

Mas ao que Stanlei e eu nos referíamos quando criamos a expressão Teologia Relacional? Vamos por parte.

1. Deus se relaciona com mulheres e homens em amor.

Entendemos que a declaração joanina de que Deus é amor não visa conceituar ou definir filosófica ou teologicamente como um atributo divino, mas descrever a maneira como Ele decidiu soberanamente relacionar-se com a humanidade.

Entretanto, vimos que, ao dizer que Deus é amor, complexas implicações se levantavam. Decidimos levá-las às últimas conseqüências, foi aí que acabamos confrontando algumas práticas e percepções religiosas.

Senão, vejamos:

a) Um dos atributos do amor é liberdade. Entendemos que não seria possível falar sobre amor e, ao mesmo tempo, aceitar que ele aconteça com algum tipo de coerção.

Sim, Deus pode arrastar (no calvinismo: “Graça Irresistível") para si quem quiser. Mas, não é assim que a Bíblia revela seu amor. Se agisse dessa forma, Deus teria subordinados, vassalos, marionetes, jamais amigos, filhos maduros ou parceiros.

b) A liberdade como um atributo do amor, complicou ainda mais. Perguntamos: Como Deus pode conceder real liberdade, se sua presença, seu fulgor, sua glória preenchem tudo? Como mulheres e homens poderiam desenvolver virtudes, atitudes maduras e comportamentos responsáveis com a presença de Deus transbordando no mundo, na realidade espacial e nos espaços existenciais?

Deus se ausentou por amor!

O capítulo sobre o amor, escrito por André Comte-Sponville em “Pequeno Tratado das Grandes Virtudes” (Ed. Martins Fontes), pode ajudar a compreender melhor o significado dessa ausência divina:

“O que é este mundo... senão a ausência de Deus, sua retirada, sua distância (a que chamamos espaço), sua espera (a que chamamos tempo), sua marca (a que chamamos beleza)?

Deus só pôde criar o mundo retirando-se dele (senão só haveria Deus); ou, se nele se mantém (de outro modo não haveria absolutamente nada, nem mesmo o mundo), é sob a forma da ausência, do segredo, da retirada, como a pegada deixada na areia, na maré baixa, por um passeante desaparecido, única a atestar, mas por um vazio, sua existência e seu desaparecimento…

Temos aí uma espécie de panteísmo em negativo, que é a recusa de qualquer panteísmo verdadeiro ou pleno, de qualquer idolatria do mundo ou do real.

“Esse mundo enquanto totalmente vazio de Deus é Deus mesmo”, e é por isso que “Deus está ausente, sempre ausente, como indica de resto a famosa prece: “Pai nosso que estás no céu…”

Simone Weil leva a expressão a sério, e tira dela todas as conseqüências: “É o Pai que está no céu. Não em outra parte. Se acreditamos ter um Pai aqui na terra, não é ele, é um falso Deus.” Espiritualidade do deserto, que não encontra ou não prega mais que “a formidável ausência, por toda parte presente”, como dizia Alain, a que responde, em sua aluna, esta fórmula surpreendente: “É preciso estar num deserto.

Pois aquele que é preciso amar está ausente.” Mas por que essa ausência? Por que essa criação-desaparecimento? Por que esse “bem feito em pedaços e espalhado através do mal”, estando entendido que bem possível já existia (em Deus) e que o mal só existe por essa dispersão do bem, pela ausência de Deus – pelo mundo? “Só se pode aceitar a existência da infelicidade considerando-a como uma distância”, escreve ainda Simone Weil. Que seja.

Mas por que essa distância? E, já que essa distância é o próprio mundo, enquanto ele não é Deus (e ele só pode ser o mundo, evidentemente, desde que não seja Deus), por que o mundo? Por que a criação?

Simone Weil responde: “Deus criou por amor, para o amor. Deus não criou outra coisa que não o próprio amor e os meios do amor.” Mas esse amor não é um mais de ser, de alegria ou de potência. É exatamente o contrário: é uma diminuição, uma fraqueza, uma renúncia. O texto mais claro, mais decisivo, é sem dúvida este:

A criação é da parte de Deus um ato não de expansão de si, mas de retirada, de renúncia. Deus e todas as criaturas é menos que Deus sozinho. Deus aceitou essa diminuição. Esvaziou de si uma parte do ser.

Esvaziou-se já nesse ato de sua divindade. É por isso que João diz que o Cordeiro foi degolado já na constituição do mundo. Deus permitiu que existissem coisas diferentes Dele e valendo infinitamente menos que Ele. Pelo ato criador negou a si mesmo, como Cristo nos prescreveu nos negarmos a nós mesmos.

Deus negou-se em nosso favor, para nos dar a possibilidade de nos negar por Ele. Esta resposta, este eco que depende de nós recusar é a única justificativa possível à loucura de amor do ato criador.

As religiões que conceberam essa renúncia, essa distância voluntária, esse apagamento voluntário de Deus, sua ausência aparente e sua presença secreta aqui embaixo, essas religiões são a verdadeira religião, a tradução em diferentes línguas da grande Revelação.

As religiões que representam a divindade como comandando em toda parte onde tenha o poder de fazê-lo são falsas. Mesmo que monoteístas, são idólatras...”.

Embora ateu, Comte-Sponville parece compreender bem que realmente só temos de Deus nesse mundo, suas “pegadas”, sua “impressão digital” – “Os céus declaram a glória de Deus”.

Também concordo com John Hick (“Evil and the God of Love” - New York, Harper & Row; London, Mcmillan, 1966, p. 317) - quando elabora essa ausência divina do universo como um gesto do seu amor e não do seu abandono – como os deístas supunham:

“Ao criar pessoas finitas para amar e serem amadas por ele, Deus precisa dotá-las com certa autonomia relativa quanto a si mesmo”. Mas como pode uma criatura finita, dependente do Criador infinito quanto à sua própria existência e a cada poder e qualidade do seu ser, possuir qualquer autonomia significativa em relação a esse Criador?

A única maneira que podemos imaginar é aquela sugerida pela nossa situação efetiva. Deus precisa colocar o homem à distância de si mesmo, de onde ele então pode vir voluntariamente a Deus. Mas como algo pode ser colocado à distância de alguém que é infinito e onipresente? É óbvio que a distância espacial não significa nada nesse caso.

O tipo de distância entre Deus e o homem que criaria certo espaço para certo grau de autonomia humana é a distância epistêmica. Em outras palavras, a realidade e a presença de Deus não devem se impor ao homem de forma coercitiva como o ambiente natural se impõe à atenção deles. O mundo deve ser para os homens, pelo menos até certo ponto, etsi deus non daretur, ‘como se Deus não existisse’.

Ele precisa ser cognoscível, mas apenas por um modo de conhecimento que implique uma resposta livre da parte do homem, consistindo essa resposta em uma atividade interpretativa não-compelida através da qual experimentamos o mundo como realidade que media a presença divina”.

c) Augustus Nicodemus, teólogo presbiteriano, escreveu um texto (http://www.teologiabrasileira.com.br/Materia.asp?MateriaID=140) em que procura analisar a Teologia Relacional (a partir de agora, tratada por TR).

No primeiro ponto de seu arrazoado, Nicodemus tenta explicar quais seriam pressupostos da TR:

“O atributo mais importante de Deus é o amor. Todos os demais estão subordinados a este. Isto significa que Deus é sensível e se comove com os dramas de suas criaturas”.

Tentemos compreender, frase por frase, o primeiro ponto de sua argumentação:

I) “O atributo mais importante de Deus é o amor” –

Infelizmente, pela fragilidade de seus argumentos, parece que ele nunca leu as obras originais de Clark Pinnock, John Sanders ou Gregory Boyd, apenas o que seus críticos publicaram na internet.

Não conheço ninguém que, ao tentar descrever uma pessoa, consiga catalogá-la, como dona de um “atributo mais importante”, como: honestidade, justiça, bondade ou amor.

Se nas relações entre os humanos as complexidades são enormes, imagine a criatura tentando relacionar-se com o Divino. Deus não é uma “coisa” para destacar-se uma característica sua, mais importante ou mais singular.

Portanto, Nicodemus fez uma afirmação inconsistente com a revelação judaico-cristã de Deus como Pessoa, nunca defendida pelos escritores do teismo aberto ou por qualquer outro teólogo que eu já tenha lido.

II) “Todos os demais
[atributos] estão subordinados a este” –

De novo, Nicodemus afirma sem poder situar a fonte da sua declaração. Entretanto, agora fica nítido que está arando terreno para o que vai dizer logo depois, quando exporá uma premissa fundacional do ultra-calvinismo - a apatia divina.

Nicodemus quer, com uma só tacada, demolir as premissas do teísmo aberto e minar o senso comum da tradição evangélica que reconhece a ternura de Deus.

Sua próxima frase vai negar noções intuitivamente percebidas pela grande maioria dos evangélicosa: Deus é afetuoso, sim.

III) “Isto significa que Deus é sensível e se comove com os dramas humanos” –

Espere! Mas não é precisamente isto que as Escrituras repetidamente expressam sobre o Senhor? Por que a TR seria uma heresia por acreditar nos afetos divinos? A não ser que Nicodemus leia as Escrituras com as lentes aristotélicas do “Motor Imóvel” ou da “Apatia Divina”, não há como entender o Deus da Bíblia, senão como uma Pessoa que se sensibiliza e se comove com o drama humano.

Considero desnecessário mencionar centenas e centenas de versículos tanto da Bíblia hebraica como da cristã em que o Todo-Poderoso lamenta e espera; sofre e ri; chora e tem paciência; pune e perdoa. Podem existir conceitos do Divino em que Deus não seja tocado pelo sofrimento humano, mas, seguramente, ele não se parecerá com o Deus Encarnado dos cristãos.

Finalizando, entendo que a Bíblia revela um Deus amoroso usando a metáfora do Pai para significar a intensidade como Ele nos quer bem:

“Como a ternura de um pai para com seus filhos, assim terno é Iahweh para aqueles que o temem; pois ele sabe de que somos feitos, lembra-se de que somos pó” – Sl 103.13-14.

Soli Deo Gloria.

FONTE: http://www.ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=61&sg=0&id=1417

Teologia Relacional: um Novo Deus no Mercado - Augustus Nicodemus Lopes


Os reflexos da onda gigante que provocou a tremenda catástrofe na Ásia no final de dezembro de 2004 alcançaram também os arraiais evangélicos, levantando, entre outras coisas, perguntas acerca de Deus, seu caráter, seu poder, seu conhecimento, seus sentimentos e seu relacionamento com o mundo e as pessoas diante de tragédias como aquela. Dentre as diferentes respostas, uma chama a atenção pela ousadia de suas afirmações: Deus sofreu muito com a tragédia e certamente não a havia determinado ou previsto. Ele simplesmente não pôde evitá-la, pois Deus não conhece o futuro, não controla ou guia a história, e não tem poder para fazer aquilo que gostaria. Esta é a concepção de Deus defendida por um movimento teológico conhecido como teologia relacional, ou ainda, teísmo aberto ou teologia da abertura de Deus.

A teologia relacional, como movimento, teve início em décadas recentes, embora seus conceitos sejam bem antigos. Ela ganhou popularidade através de escritores norte-americanos como Greg Boyd, John Sanders e Clark Pinnock. No Brasil, estas idéias têm sido assimiladas e difundidas por alguns líderes evangélicos, às vezes de forma aberta e explicita.

A teologia relacional considera a concepção tradicional de Deus como inadequada, ultrapassada e insuficiente para explicar a realidade, especialmente catástrofes como o tsunami de dezembro de 2004, e se apresenta como uma nova visão sobre Deus e sua maneira de se relacionar com a criação. Seus pontos principais podem ser resumidos desta forma:

1. O atributo mais importante de Deus é o amor. Todos os demais estão subordinados a este. Isto significa que Deus é sensível e se comove com os dramas de suas criaturas.
2. Deus não é soberano. Só pode haver real relacionamento entre Deus e suas criaturas se estas tiverem, de fato, capacidade e liberdade para cooperarem ou contrariarem os desígnios últimos de Deus. Deus abriu mão de sua soberania para que isto ocorresse. Neste sentido, ele é incapaz de realizar tudo o que deseja, como impedir tragédias e erradicar o mal. Contudo, ele acaba se adequando às decisões humanas e ao final, vai obter seus objetivos eternos, pois redesenha a história de acordo com estas decisões.
3. Deus ignora o futuro, pois ele vive no tempo, e não fora dele. Ele aprende com o passar do tempo. O futuro é determinado pela combinação do que Deus e suas criaturas decidem fazer. Neste sentido, o futuro inexiste, pois os seres humanos são absolutamente livres para decidir o que quiserem e Deus não sabe antecipadamente que decisão uma determinada pessoa haverá de tomar num determinado momento.
4. Deus se arrisca. Ao criar seres racionais livres, Deus estava se arriscando, pois não sabia qual seria a decisão dos anjos e de Adão e Eva. E continua a se arriscar diariamente. Deus corre riscos porque ama suas criaturas, respeita a liberdade delas e deseja relacionar-se com elas de forma significativa.
5. Deus é vulnerável. Ele é passível de sofrimento e de erros em seus conselhos e orientações. Em seu relacionamento com o homem, seus planos podem ser frustrados. Ele se frustra e expressa esta frustração quando os seres humanos não fazem o que ele gostaria.
6. Deus muda. Ele é imutável apenas em sua essência, mas muda de planos e até mesmo se arrepende de decisões tomadas. Ele muda de acordo com as decisões de suas criaturas, ao reagir a elas. Os textos bíblicos que falam do arrependimento de Deus não devem ser interpretados de forma figurada. Eles expressam o que realmente acontece com Deus.

Estes conceitos sobre Deus decorrem da lógica adotada pela teologia relacional quanto ao conceito da liberdade plena do homem, que é o ponto doutrinário central da sua estrutura, a sua “menina dos olhos”. De acordo com a teologia relacional, para que o homem tenha realmente pleno livre arbítrio suas decisões não podem sofrer qualquer tipo de influência externa ou interna. Portanto, Deus não pode ter decretado estas decisões e nem mesmo tê-las conhecido antecipadamente. Desta forma, a teologia relacional rejeita não somente o conceito de que Deus preordenou todas as coisas (calvinismo) como também o conceito de que Deus sabe todas as coisas antecipadamente (arminianismo tradicional). Neste sentido, o assunto deve ser entendido, não como uma discussão entre calvinistas e arminianos, mas destes dois contra a teologia relacional. Não poucos lideres calvinistas e arminianos no âmbito mundial têm considerado esta visão da teologia relacional como alheia ao Cristianismo.

A teologia relacional traz um forte apelo a alguns evangélicos, pois diz que Deus está mais próximo de nós e se relaciona mais significativamente conosco do que tem sido apresentado pela teologia tradicional. Segundo os teólogos relacionais, o Cristianismo histórico tem apresentado um Deus impassível, que não se sensibiliza com os dramas de suas criaturas. A teologia relacional, por sua vez, pretende apresentar um Deus mais humano, que constrói o futuro mediante relacionamento com suas criaturas. Os seres humanos são, dessa forma, co-participantes com Deus na construção do futuro, podendo, na verdade, determiná-lo por suas atitudes.

Contudo, a teologia relacional não é novidade. Ela tem raízes em conceitos antigos de filósofos gregos, no socinianismo (que negava exatamente que Deus conhecia o futuro, pois atos livres não podem ser preditos) e especialmente em ideologias modernas, como a teologia do processo. O que ela tem de novo é que virou um movimento teológico composto de escritores e teólogos que se uniram em torno dos pontos comuns e estão dispostos a persuadir a Igreja Cristã a abandonar seu conceito tradicional de Deus e a convencê-la que esta “nova” visão de Deus é evangélica e bíblica.
Mesmo tendo surgido como uma reação a uma possível ênfase exagerada na impassividade e transcendência de Deus, a teologia relacional acaba sendo um problema para a igreja evangélica, especialmente em seu conceito sobre Deus. Muito embora os evangélicos tenham divergências profundas em algumas questões, reformados, arminianos, wesleyanos, pentecostais, tradicionais, neopentecostais e outros, todos concordam, no mínimo, que Deus conhece todas as coisas, que é onipotente e soberano. Entretanto, o Deus da teologia relacional é totalmente diferente daquele da teologia cristã. Não se pode afirmar que os aderentes da teologia relacional não são cristãos, mas sim que o conceito que eles têm de Deus é, no mínimo, estranho ao cristianismo histórico.
Ao declarar que o atributo mais importante de Deus é o amor, a teologia relacional perde o equilíbrio entre as qualidades de Deus apresentadas na Bíblia, dentre as quais o amor é apenas uma delas. Ao dizer que Deus ignora o futuro, é vulnerável e mutável, deixa sem explicação adequada dezenas de passagens bíblicas que falam da soberania, do senhorio, da onipotência e da onisciência de Deus (Is 46.10a; Jó 28; Jó 42.2; Sl 90; Sl 139; Rm 8.29; Ef 1; Tg 1.17; Ml 3.6; Gn 17.1; etc). Ao dizer que Deus não sabia qual a decisão de Adão e Eva no Éden, e que mesmo assim arriscou-se em criá-los com livre arbítrio, a teologia relacional o transforma num ser irresponsável. Ao falar do homem como co-construtor de Deus de um futuro que inexiste, a teologia relacional esquece tudo o que a Bíblia ensina sobre a Queda e a corrupção do homem. Ao fim, parece-nos que na tentativa extrema de resguardar a plena liberdade do arbítrio humano, a teologia relacional está disposta a sacrificar a divindade de Deus. Ao limitar sua soberania e seu pleno conhecimento, entroniza o homem livre, todo-poderoso, no trono do universo, e desta forma, deixa-nos o desespero como única alternativa diante das tragédias e catástrofes deste mundo e o ceticismo como única atitude diante da realidade do mal no universo, roubando-nos o final feliz prometido na Bíblia. Pois, afinal, poderá este Deus ignorante, fraco, mutável, vulnerável e limitado cumprir tudo o que prometeu?
Com certeza a visão tradicional de Deus adotada pelo Cristianismo histórico por séculos não é capaz de responder exaustivamente a todos os questionamentos sobre o ser e os planos de Deus. Ela própria é a primeira a admitir este ponto. Contudo, é preferível permanecer com perguntas não respondidas a aceitar respostas que contrariam conceitos claros das Escrituras. Como já havia declarado Jó há milênios (42.2,3): “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia.”

O rev. Augustus Nicodemus Lopes é professor do Centro Presbiteriano de Pós-graduação Andrew Jumper e chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie

Darwin Speaks on God, Sovereignty, and Evil

Darwin Speaks on God, Sovereignty, and Evil from Vision Forum on Vimeo.



At the Reformation 500 Charles Darwin debated John Calvin. In this exclusive interview, Darwin reveals his beliefs about God, sovereignty, and evil.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Conselhos para criar filhos delinquentes

“Policiais de Houston, no Texas, publicaram uma norma de 10 pontos de 'como criar um delinqüente'. É interessante meditar neste resumo:
1- Comece na infância a dar a seu filho tudo o que ele quiser. Assim, quando ele crescer, acreditará que o mundo tem obrigação de lhe dar tudo o que ele deseja.
2- Quando ele disser nomes feios, ache graça. Isso o fará considerar-se interessante.
3- Nunca lhe dê qualquer orientação religiosa. Espere até ele chegar aos 21 anos e 'decida por si mesmo'.
4- Apanhe tudo o que ele deixar jogado: livros, sapatos, roupas. Faça tudo para ele, para que aprenda a jogar sobre os outros toda a responsabilidade.
5- Discuta com frequência na presença deles. Assim não ficará muito chocado quando o lar se desfizer mais tarde.
6- Dê-lhe todo o dinheiro que quiser.
7- Satisfaça todos os seus desejos de comida, bebida e conforto. Negar pode acarretar 'frustrações prejudiciais'.
8- Tome partido dele contra vizinhos, professores e policiais. (Todos têm má vontade com seu filho).
9- Quando ele se meter em alguma encrenca séria, dê esta desculpa: 'Nunca consegui dominá-lo'. E, finalmente…
10- Prepare-se para uma vida de desgosto. Vivemos num mundo com tanta violência e visível falta de educação. Vale a pena pensarmos melhor em que tipo de valores estamos repassando aos nossos filhos".

Como Mandar seus Filhos para o Inferno - Por Steve M. Schissel


“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” (Pv. 22:6)
O provérbio acima é uma promessa ou uma advertência? Segundo o hebraico, a frase “no caminho em que deve andar” não está traduzida de maneira correta. Ela deveria ser “de acordo com seu próprio caminho”. Assim, você tem no capítulo 22, versículo 6, uma predição proverbial de que a criança educada e ensinada, desde o começo, a seguir seu próprio caminho, estará, para todo sempre, ligada a ele.
O provérbio pode ser visto como uma “promessa” encorajadora de dois modos possíveis. Um, o mais comum, o apresenta ensinando que se você “pai-storear” corretamente seu filho de acordo com o seu chamado da aliança, isto resultará em fidelidade eterna. A outra forma “positiva” de entendê-lo, revela um sentido diferente. Salomão aqui, estaria falando do reconhecimento, de antemão, da propensão vocacional existente em seu filho. Se esta propensão for cultivada, ela resultará numa devoção eterna e frutífera para o ofício escolhido. Como tal, o provérbio pode ser tomado como algum tipo de indução a um aprendizado precoce. Se você observa que seu filho gosta de cavalos, por exemplo, deixe-o, o quanto antes, ser treinado nesta área por um perito. A frase ensinar poderia ter então, o sentido de “dedicar” ou mesmo “estimular”. Deixe-o empregar seus dons naturais o quanto antes, e ele os usará naquela área por toda vida.
Mas há um terceiro modo de entender este verso, e esse não como uma promessa, mas como uma advertência. A Palavra pode estar nos ensinando que se você educar a criança de acordo com suas próprias (pecaminosas, naturais) inclinações, você a terá arruinado para a vida.
Assim, este provérbio poderia ser um complemento a muitos outros provérbios que tratam do mesmo assunto. Por exemplo, em 22:15 encontramos: “A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela” e em 19:18 há a admoestação: “Corrige a teu filho, enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-lo.” Dizendo enquanto há esperança, encontramos o autor sugerindo que haverá um tempo quando o treinamento ou a disciplina serão, humanamente falando, vãos, sem esperança, infrutíferos, inúteis. Se você deixá-lo seguir seus instintos corrompidos fora da porteira (conforme 22:6), mais tarde você não o terá de volta ao caminho.
Este último modo de interpretar Pv. 22:6 é o mais recomendado. Primeiro, ele permite a versão literal a fim de transmitir uma mensagem coerente, sem emendas. Segundo, ele é apoiado por instruções e admoestações muito similares quando o mesmo assunto (criação de filhos) é tratado no mesmo livro inspirado. Terceiro, e este é de vital importância ao testar a interpretação apropriada de um provérbio inspirado, é que ele é legítimo no que se refere à vida e a experiência comum. “Há pouca esperança para crianças que são educadas de maneira imprópria. Se a tinta respingou na lã, é muito difícil tira-la da roupa” diz Jeremiah Burroughs. E muitos são os que têm notado, como fez William Gurnall, que a “Religião cristã não cresce sem que se plante, mas murchará, mesmo onde foi plantada, se não for aguada. Ateísmo, irreligião e profanidade são ervas daninhas que crescerão sem semeadura, mas não morrerão sem que sejam arrancadas”. Deixe uma criança seguir seu próprio caminho quando for jovem e ela crescerá para ser um “jardim” de ervas daninhas.
Acima e abaixo de todas as possíveis interpretações de Provérbios 22:6, está uma pressuposição da maior importância: Como os pais lidam com as dificuldades de suas crianças. Aqueles que principiam seus conceitos com a eleição ao invés de com a aliança podem facilmente cair em alguma sorte de fatalismo não bíblico. Mas pelo fato de Provérbios (para não mencionar o restante das Escrituras) nos falar de diversas conseqüências provenientes de diferentes ações humanas, somos seguramente levados a crer que o modo pelo qual eu crio meus filhos é realmente um assunto muito importante, que, mais do que um modo de falar, pode muito bem influir na definição de onde eles passarão a eternidade.
Nunca é uma honra a Deus que Seu povo fale de Sua soberania de modo a desobrigá-los de suas responsabilidades. Somos levados a crer pelas Escrituras que podemos e devemos ter uma influência tal sobre nossos filhos que não é incomum que ela os conduza à salvação, com a bênção de Deus e o suporte da comunidade da aliança, conforme Gn 18: 16-19; 1 Tm 3: 4,5; Tt.1:6 e também 2 Tm. 3: 14,15.
Assim sendo, devemos saber que nossa ação ou inação bem pode conduzi-los à condenação. E, se falhamos em ouvir os avisos e a direção de Deus encontrados por toda a Escritura, no último dia não seremos autorizados para suplicar pelos decretos de Deus em nossa defesa!
Visto que o inferno é a eterna e atormentadora separação de Deus e do conforto, alguém poderia pensar que o mais fervoroso desejo de um pai seria educar seus filhos, rigorosa e conscientemente, para que escapassem da perdição e achassem refúgio e plenitude de vida em Deus através de Cristo e da aliança. Ainda assim, muitos são os que parecem considerar isto como sendo muito trabalhoso. Para aqueles tão completamente perversos a ponto de serem indiferentes à questão, eu apresento um método para fazer com que isto seja uma certeza. Aqui, através de 18 meios bem fáceis de seguir, está a fórmula comprovada de como mandar seus filhos para o inferno:
1) Crie seu filho para buscar seu próprio caminho. Ignore com todo seu coração o que J. C. Ryle aconselha em The Duties of Parents (Os Deveres dos Pais):
“Se você for educar seus filhos corretamente, então, em primeiro lugar, eduque-os no caminho em que devem andar e não no caminho em que eles escolheriam. Lembre-se: crianças nascem com uma inclinação decidida para o erro, e portanto, se você permitir que escolham por si mesmas, elas certamente escolherão errado”.
A mãe não pode dizer o que seu frágil infante será ao crescer: alto ou baixo, fraco ou forte, sábio ou tolo; ele pode ser qualquer uma destas coisas ou nenhuma delas, pois elas são incertas. Mas uma coisa a mãe pode dizer com certeza: ele terá um coração corrupto e pecador. É natural para nós portar-nos mal. “A estultícia”, diz Salomão, “está ligada ao coração da criança” (Pv. 22:15). “A criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe”(Pv. 29:15). Nossos corações são como a terra que pisamos; deixe-a abandonada e certamente produzirá ervas daninhas.
Se então, você for lidar de modo sábio com seu filho, não deve deixá-lo sujeito a sua própria vontade. Pense por ele, julgue por ele, aja por ele, do mesmo modo que você faria por uma pessoa fraca e cega; mas, pelo amor de Deus, não o entregue aos seus próprios gostos e inclinações voluntariosos. Não devem ser suas preferências e desejos que são consultados. Ele ainda não sabe o que é bom para sua mente e alma, mais do que o que é bom para seu corpo. Não o deixe decidir o que ele deve comer, o que ele deve beber, e como ele deve se vestir. Seja consistente, e lide com a mente dele da mesma maneira. Eduque-o no caminho que é bíblico e correto e não do jeito que ele imagina.
Se você não pode decidir-se a este primeiro princípio da educação cristã, é inútil continuar lendo. A vontade própria está perto de ser a primeira coisa que se manifesta na mente da criança, e precisa ser sua primeira resolução, resistir a ela.
Ignore este conselho se você for colocar seu filho rumo à destruição, e ao invés disto, ensine-lhe auto-estima positiva; ensine-o que o maior amor está dentro dele e que o mundo, de fato, gira ao seu redor”.
2) Nunca o discipline corporalmente. Os provérbios que sugerem punição corporal, são bárbaros e ultrapassados. Nós somos civilizados. Nós temos o Ano da Criança! Nós erguemos nossas consciências, não palmatórias! Provérbios 13:24 “O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina” está errado. Ignore-o. O 22:15 “A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela”, também. E esqueça 23:13-14 “Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno”. Se você for tentado a discipliná-los corporalmente, tente estas desculpas: a) “Eu apanhei quando criança e não quero bater nos meus filhos”. Claro, que é o mesmo que dizer “Minha mãe era gorda, por isso eu não alimento meus filhos”; b) É contra a lei; c) Minha sogra não gosta disso. Seja criativo e pense em outras desculpas; você achará fácil criá-las.
3) Quase tão proveitoso quanto nunca discipliná-los é discipliná-los corporalmente insensata e/ou severamente. A correção bíblica é amorosa, firme e controlada. Excesso de correção bíblica o conduziria à outra direção.
4) Esta é a favorita de muitos pais: nunca use a Escritura na correção. Nunca explique para seus filhos qual é a vontade de Deus sobre o assunto. Não tome Deuteronômio 6: 4-9 literalmente (“Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas”).
5) Nunca admita que você está errado. Se você deseja que seus filhos cresçam descorteses e hostis, nunca os deixe vê-lo humilhado ou aceitando correção. Nunca lhes peça desculpas; nunca reprima seu orgulho.
6) Seja hipócrita. Esta é boa para lembrar. Ensine-os através das suas ações, que suas palavras não têm valor para você.
7) Instrua-os para escolher sua própria religião. Afinal, você não pode forçá-los a crer.
8) Não ore com eles ou por eles, publica ou privadamente. Se você precisa de uma desculpa, lembre que eles acharam graça de você da primeira vez que você tentou. Normalmente isto é suficiente para fazê-lo desistir.
9) Evite cantar salmos e hinos com seus filhos. Mas se por alguma razão você achar que deve, nunca lhes explique o sentido.
10) Responda cada pergunta religiosa com “Porque nós sempre fizemos assim”. Este é um dos meios mais eficazes de convencê-los que o cristianismo é meramente uma tradição e não a Verdade.
11) Não os previna sobre evolução ou outros mitos populares. Não os informe sobre heresias da história ou suas modernas iterações. Não lhes fale nada sobre teologias antagônicas e o porquê as igrejas ortodoxas as rejeitam.
12) Deixe-os expressarem-se de qualquer modo que escolherem, seja no seu jeito de vestir, no jeito que usam seu cabelo ou no seu linguajar. As novidades sempre devem ser seguidas. Se eles desejam tatuagens ou vários piercings, relaxe e aproveite. Não interfira. Afinal a vida é deles. E nunca olhe aquilo que eles lêem. Eles têm direitos, você sabe. Você não lê os boletins da ACLU (União Americana para Liberdades Civis)?
13) Não os faça trabalhar por nada. O amor, apesar de tudo, deve ser incondicional, certo? Então, lhes dê tudo e não espere nada. (Isto é exatamente o que você obterá).
14) Desde a infância, use uma linguagem simples ao falar com eles. Não espere que alcancem a maturidade e eles satisfarão suas expectativas!
15) Não os abrace ou beije ou lhes faça cócegas, e seja muito parcimonioso com respeito a lhes dizer que os ama. Evite por completo, se possível. Afinal, isto não é muito másculo.
16) Deixe-os mentir sem sofrer punição. Prove com isto que a verdade tem pouco valor em sua casa.
17) Deixe-os desperdiçar tempo, a esmo e sem propósito. Prive-os daquela idéia puritana que descansamos bem para melhor trabalhar. Tente incutir neles a moderna noção que trabalho existe a fim de custear nossa diversão nos fins de semana; damos duro para podermos “badalar”!
18) Mantenha a TV sempre ligada, especialmente durante os comerciais. Este é o meio mais fácil e certo de guiar seus filhos para o inferno. Pense! Ela pode ser pode ser o terceiro (e o único realmente presente) "pai" delas, e a sua melhor amiga. Duas horas na igreja aos domingos não terão um papel eficiente na formação do caráter delas, quando confrontadas com 25 horas de televisão. Todo absoluto, de qualquer fonte, será “relativizado” para sempre. A televisão tem sido a melhor amiga do diabo, então a deixe possuir a sala de estar e a cozinha também. Se possível, deixe-a ligada durante o jantar, assim ela pode reivindicar, sozinha, o título de senhora e mediadora da verdade em sua casa.
Se você seguir estes 18 passos, há pouca dúvida de que seu filho estará entre aquela população infernal.
Mas eu, particularmente, penso que você rejeitará toda esta horrenda insensatez acima e se curvará a mais solene responsabilidade que Deus já lhe deu: Ser pai e mãe. Se Deus nos concede a aptidão de conduzir nossas crianças à perdição, porque alguém duvidaria que Ele nos dá a habilidade, a responsabilidade, na verdade, o privilégio, de conduzi-los ao céu? Se nós fielmente seguirmos Seu método de criação de crianças da aliança, elas estarão entre a população celeste por toda a eternidade. Que incentivo à fidelidade!
A aliança continua por gerações, mas ela continua junto ao caminho da fidelidade, não o da presunção. Nós temos incomparavelmente grandes e preciosas promessas da parte de Deus, bem como admoestações. Ele nos exorta que não fazer nada é a coisa errada. Ensine a criança em seus próprios caminhos, e quando ela for velha, não se desviará dele. Mas Ele promete que fazer a coisa certa ocasionará a uma colheita de promessas cumpridas. Ouça Deus meditando consigo mesmo concernente a Seu amigo Abraão: “Porque eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do SENHOR e pratiquem a justiça e o juízo; para que o SENHOR faça vir sobre Abraão o que tem falado a seu respeito” (Gênesis 18:19).
Esta promessa é para você e para seus filhos, e para tantos quantos o Senhor, nosso Deus, vier a chamar. É uma promessa com condições; que alegria é cumpri-las, visando a recompensa a que elas conduzem! Amém.