Teologia, Bíblia, Fotos, Causos, Futebol, Música, ...
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Pastorear em Meio ao Caos - Ricardo Agreste
Terça-feira, oito horas e cinqüenta e oito minutos. Após um agradável dia de folga, estou iniciando uma nova semana de serviço pastoral. Logo pela manhã, recebo um telefonema de uma mulher que no último Domingo, assentada de braços dados com seu marido, participava de forma contagiante do culto. Com a voz trêmula, ela informa que o marido acabou de deixar a família. No dia seguinte, recebo a notícia de que um dos presbíteros da Igreja, um dos que participaram da Ceia do Senhor no último Domingo foi hospitalizado em caráter urgente e precisa ser submetido a uma cirurgia muito delicada. Na Quinta-feira entra no gabinete pastoral uma das jovens da equipe de louvor. Cumprimento-a pela linda música que cantou no culto de Domingo. Em seguida, sem levantar os olhos, ela conta-me que está grávida de seu último namorado. Chego na Sexta-feira precisando preparar a mensagem e a liturgia do próximo Domingo com a sensação de que tudo está fora de controle e o mundo retornou ao caos.
Assim, como muitos outros pastores, deparo-me com a realidade de que, apesar do Domingo ser um dia essencial no serviço pastoral, muito deste ministério precisa ser feito em meio ao caos de Segunda a Sábado. Para o aumento de meu desespero, constato que recebi muitas ferramentas para ser um bom pastor no ambiente dominical, mas estou desprovido de recursos para lidar com o mundo hostil de Segunda a Sábado. Preciso então desenvolver a arte de pastorear em meio ao caos, ou como Eugene H. Peterson coloca, "a arte de orar em meio ao tráfico".
Vender Mapas ou Guiar Vidas
Certa vez, lendo e meditando sob o encontro de Filipe com o oficial etíope descrito no capítulo oito de Atos, fui conduzido a uma profunda reavaliação de meu ministério diante de um comentário sobre o verso 31. Segundo o relato bíblico, após ser questionado por Filipe quanto à compreensão do que vinha lendo, o oficial etíope respondeu com outra pergunta: "Como poderei entender, se alguém não me explicar?"
Sempre tive por óbvio o sentido do verbo aqui traduzido por "explicar" até que percebi que o termo grego ali usado é o verbo hodogéu (guiar ou conduzir). Este verbo foi utilizado na antigüidade para definir a atividade dos guias que conduziam pessoas através do deserto. Eles tinham os pés nos mesmos caminhos que as pessoas que guiavam, enfrentavam o calor do meio-dia, bem como o frio das noites.
Em franco contraste com a imagem dos guias, temos os vendedores de mapas. Estes últimos se apresentam das formas mais criativas, possuem idéias tremendas acerca dos desertos, são detentores de um grande poder de persuasão e prometem muitas vantagens aos interessados em seu produto. No entanto, eles não ousam caminhar ao lado das pessoas debaixo do sol escaldante ou em meio às noites frias. O papel deles restringe-se a oferecer mapas para os mais variados desertos da vida.
O oficial etíope, quando questionado por Filipe, declara a necessidade de ser acompanhado por um guia através de sua jornada espiritual. Em Atos 8.31 encontramos Filipe entrando na carruagem, sentando-se ao lado do oficial e seguindo com ele o caminho. E, começando por onde aquele homem se encontrava, guiou-o até Jesus (Atos 8.35). A opção de Filipe não é a de vender mapas, mas de guiar aquele homem.
O ministério pastoral, quando centralizado somente nos eventos dominicais, em muito pode se aproximar da atividade desenvolvida pelos vendedores de mapas. O ambiente pode ser preparado para inspirar, a música ensaiada para emocionar e as palavras elaboradas para motivar, mas, o distanciamento das pessoas e do caos em que vivem pode fazer deste momento um ato de se vender mapas. Diferentemente, quando o ministério pastoral é vivido em meio ao caos e há disposição de se estar próximo e atento às crises e às dores das pessoas, a imagem cristã do guia espiritual é resgatada na comunidade. O pastor torna-se aquele que ministra com relevância não apenas aos Domingos, mas especialmente entre Domingos, guiando e conduzindo pessoas através das crises e em meio ao caos.
Oração, Escrituras e Mentoria
No desafio de pastorear vidas em meio ao caos, creio que um dos grandes obstáculos que encontramos na atualidade é a visão errônea de que cabe a nós, pastores, a tarefa de resolver problemas. No mundo científico-industrial em que vivemos, problemas são vistos como barreiras a serem transpostas, e isso de forma mais prática e imediata possível. Assim, espera-se que "bons pastores" sejam pessoas prontas para responder a qualquer questão, para dar o palpite certo em tempos de indefinição e para orar com "eficácia" diante da enfermidade, desemprego, crise familiar, entre outras coisas.
Diferentemente, na tradição cristã, os problemas são vistos não como barreiras a serem transpostas de forma imediata e pragmática, mas, como mistérios a serem explorados. Por sua vez, os pastores não são vistos como miniaturas de Deus que resolvem os problemas que lhe são apresentados, mas, como homens e mulheres prontos a caminhar, em amor e em discernimento, ao lado daqueles que enfrentam a crise e o caos. Nesta jornada, mais importante do que a solução para a dor é a percepção de Deus e de Sua ação.Por isso, como pastores, precisamos resgatar a prática da oração. Na medida em que oramos, ganhamos sensibilidade para perceber o que Deus está fazendo em nossas próprias vidas. Nossa própria história ganha sentido na medida em que percebemos o mover de Deus em nossa existência, nos conduzindo, nos lapidando e nos amando. A oração, diferentemente de muitas práticas contemporâneas, nos torna mais prontos ao mover de Deus e à confiança no que Ele está fazendo.
Além da oração, precisamos também resgatar a leitura sensível das Escrituras. Quando lemos e meditamos nas Escrituras, ganhamos sensibilidade para perceber como Deus está, constante e ativamente, presente na vida de Seu povo ao longo da História. A leitura das Escrituras oferece-nos a percepção e a convicção de que não existe casualidade, nem mesmo fatalidades. Por detrás de eventos e encontros, Deus está agindo na vida de Seu povo e a nós cabe estarmos sensíveis e atentos ao Seu mover.
No entanto, tanto a oração e a leitura sensível das Escrituras não podem ser tidas por práticas alienadoras e individualizantes. Ambas nos exercitam rumo ao pastoreio de vidas como guias que conduzem pessoas através do caos. Enquanto a oração nos convida à sensibilidade para com a ação de Deus em nossas próprias vidas, a leitura das Escrituras nos conduz à percepção da ação de Deus na História. No entanto, ambas nos preparam para a mentoria, a sensibilidade para com o que Deus está fazendo na vida daqueles que nos cercam.
Conclusão
Antigamente, como afirma Eugene Peterson, não existia muita diferença entre o que o pastor fazia aos Domingos e o que realizava entre Domingos. Tanto aos Domingos como entre Domingos, a tarefa pastoral era caracterizada pelo serviço de guiar homens e mulheres ao longo de seus desertos existenciais, através de suas crises e dores. Neste serviço, pastores faziam uso da oração e da leitura das Escrituras. No entanto, atualmente, o serviço pastoral tem se distinguido em "Ministério aos Domingos" e "Ministério entre Domingos". E a grande mudança tem se dado no caráter das atividades que um pastor faz "entre Domingos", as quais têm sido grandemente definidas como práticas para "tocar uma Igreja" assim como um empresário toca sua empresa.
No entanto, estou convencido de que a grande carência de nossas igrejas na atualidade não é a de grandes visionários com suas propostas megalomaníacas, nem de marqueteiros com suas técnicas para aumentar a visibilidade e a aceitação das igrejas no mercado, nem muito menos de "vendedores de mapas" que articulam com maestria as palavras. Nossas igrejas estão necessitando de pais dispostos a viver com seus filhos, conduzindo-os através de suas limitações e crises, com amor e paciência na direção da maturidade em Cristo Jesus. Nossas comunidades precisam de guias que, através da oração e da Palavra, ajudem as pessoas a caminharem através de suas crises e a viverem em meio ao caos.
Sobre o autor: Ricardo Agreste é pastor da Comunidade Presbiteriana Chácara Primavera e Professor no Seminário Servos de Cristo em São Paulo
www.monergismo.com
Este site da web é uma realização deFelipe Sabino de Araújo Neto®Proclamando o Evangelho Genuíno de CRISTO JESUS, que é o poder de DEUS para salvação de todo aquele que crê.
Packer Se Transfere para a Igreja Anglicana do Cone Sul
O conhecido teólogo J.I. Packer, autor várias obras, dentre as quais "Evangelismo e a Soberania de Deus", um dos editores da Bíblia de Genebra, e principal figura na ala calvinista da Comunhão Anglicana, durante muitos anos ministro e professor de instituições da Igreja da Inglaterra, transferiu a sua residência canônica ministerial para a Igreja Anglicana do Cone Sul da América.
Nos últimos anos, Packer estava vinculado à Igreja Anglicana do Canadá, onde residia e lecionava no Regent College, em Vacouver, Colúmbia Britânica, onde fica a liberal Diocese de New Westminster, a primeira a aprovar a bênção de uniões entre pessoas do mesmo sexo. Packer já estava afastado, na prática, das atividades regulares da Diocese.
A Igreja Anglicana do Cone Sul da América, liderada pelo Bispo Primaz Dom Gregory J. Venables , é formada das Dioceses da Argentina, Norte-Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Peru e Bolívia, de linha ortodoxa e maioria evangélica, decidiu, em seu Sínodo, receber de forma emergencial e provisória, clérigos, Dioceses e Paróquias Anglicanas Ortodoxas do Canadá e dos Estados Unidos. Há dois anos a Diocese do Recife, liderada pelo Bispo Robinson Cavalcanti, está sob Autoridade Primacial daquela Província Anglicana, que, agora, está em adiantado processo conclusivo para uma filiação formal.
Fonte : Whitehorsetavern Digest, 12/13 de dezembro de 2007.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
LUGAR PARA RETIROS E ACAMPAMENTOS
Lugar bom, bonito e bom preço... vale a pena para sua Igreja...
http://www.pvcaldas.com.br/
Creio em Avivamento
Os Últimos Dias A Vinda de Cristo A Segunda Vinda de Cristo Uma Vinda Final de Cristo Sinais da Vinda de Cristo O Arrebatamento Uma Vinda Súbita e Inesperada A Vinda em Breve de Cristo A Maravilha da Vinda de Cristo O Milênio Pré-Milenismo e Dispensacionalismo Comparados Os Erros do Pré-Milenismo Os Erros do Dispensacionalismo Erros Adicionais do Dispensacionalismo Pós-Milenismo Pós-Milenismo Moderno Amilenismo Os Novos Céus e a Nova Terra Literalismo e Apocalipse 20 Uma RessurreiçãoA MorteA Necessidade da Nossa Ressurreição A Ressurreição do Corpo A Maravilha da Ressurreição O Estado Intermediário A Imortalidade da Alma A Grande Tribulação O Anticristo O Juízo Um Único Juízo Final
FONTE: http://monergismo.blogspot.com/2006/08/escatologia-amilenista.html
NÃO DEIXE DE ESTUDAR ESSA DOUTRINA BÍBLICA
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
12 de Outubro: Dia da Padroeira do Brasil?
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
UMA PALAVRA A UM BÊBADO.
John Wesley - As Obras de John Wesley Vol. VI * | |
20-Set-2007 | |
1. Tu és um homem? Deus te fez homem; mas tu fazes de ti mesmo uma besta. Em que um homem difere de uma besta? Não é, sobretudo, na razão e no entendimento? Mas tu jogas fora a razão que tens. Tu te despes de teu entendimento. Fazes tudo que podes para tornar-te uma mera besta; não um tolo, não um louco simplesmente, mas um porco, um pobre porco imundo. Vai rolar com eles na lama! Vai, bebe continuamente, até que tua nudez seja descoberta, e teu vergonhoso vômito seja para tua glória! 2. Ó, quão nobre é uma besta que Deus criou comparada a alguém que faz de si mesmo uma besta! Mas isto não é tudo. Tu fazes de ti mesmo um diabo. Tu fomentas todas as disposições diabólicas que há em ti, e adicionas outras, que talvez não havia em ti; no mínimo tu as intensificas e as reforças. Tu fazes com que o fogo da cólera, ou da malícia, ou da luxúria, seja sete vezes mais quente que antes. Ao mesmo tempo tu entristeces o Espírito de Deus, até que o conduzes para bem longe de ti; e qualquer fagulha de bem que resta em tua alma tu sufocas e suprimes de uma só vez. 3. Então tu estás agora realmente preparado para toda obra do diabo, tendo posto de lado tudo que é bom ou virtuoso, e enchido teu coração com tudo que é mau, isto é, mundano, carnal, diabólico. Tu forçaste o Espírito de Deus a apartar-se de ti, pois não aceitarias nenhuma de suas repreensões, e tens te rendido às mãos do diabo, para seres por ele levado de olhos vendados, à sua vontade. 4. Agora, o que poderia impedir que te acontecesse o mesmo que aconteceu àquele que foi perguntado qual era o maior pecado, o adultério, a embriaguez ou o assassinato, e qual dos três ele preferia cometer. Ele disse que a embriaguez era o menor. Logo depois ele estava bebendo; então se encontrou com a esposa de outro homem e a violentou. Vindo o marido ajudá-la, ele o assassinou. Assim, a embriaguez, o adultério e o assassinato vieram juntos. 5. Ouvi uma história de um pobre índio selvagem, bem mais esperto do que ele ou tu. Os ingleses lhe deram um barril de bebida forte. Na manhã seguinte ele reuniu seus amigos, e colocando-o no meio deles, disse, “Estes homens brancos nos deram veneno. Este homem” (chamando-o por seu nome) “era um homem prudente, e não feriria ninguém senão os seus inimigos, mas tão logo bebeu disto, ficou louco, e teria matado seu próprio irmão. Nós não seremos envenenados.” Ele então quebrou o barril, e derramou a bebida sobre a areia. 6. Por que motivo tu te envenenas assim? Apenas pelo prazer de te envenenar? Quê! Farás de ti mesmo uma besta, ou, antes, um diabo? Arriscarás cometer todos os tipos de vilanias, e isto apenas pelo insignificante prazer de poucos instantes, enquanto o veneno escorre por tua garganta? Ó, nunca te chames de cristão! Nunca te chames de homem! Tu estás afundado sob a maior parte das bestas que perecem. 7. Tu não bebes, antes, por causa dos companheiros? Não fazes isto para prestar um serviço aos teus amigos? “Por causa dos companheiros,” você diz? Como é isto? Tomarias uma dose de veneno para ratos por causa dos companheiros? Se vinte homens fizessem assim antes de tu, não desejarias ser escusado? Quanto mais podes desejar ser escusado de ir para o inferno por causa dos companheiros? Mas, “para prestar um serviço aos teus amigos”: que tipo de amigos são esses que se sentiriam gratos por tua própria destruição? Quem permitiria, e além disso, instigaria que fizesses assim? Eles são patifes. Eles são os teus piores inimigos. Eles são daqueles amigos que beijam tua face enquanto apunhalam teu coração. 8. Ó, não tenhas em vista qualquer desculpa! Não digas, como muitos, “Eu não sou inimigo de ninguém, senão de mim mesmo.” Se assim for, que pobre ditado é este, “Não dei nada além de minha própria alma ao diabo.” Ai! Isso não é demais? Por que darias a ele sua própria alma? Não faças isto. Antes, dá tua alma a Deus. Mas não é assim. És um inimigo de teu rei, que roubas, por meio disto, de um proveitoso súdito. És um inimigo de teu país, que defraudas do serviço que poderias fazer, tanto como homem quanto como cristão. És um inimigo de todo homem que te vê em teu pecado, pois teu exemplo pode levá-lo a fazer o mesmo. Um bêbado é um inimigo público. Eu não me admiriaria nem um pouco se temesses (como Caim, antigamente) que “todo homem que te encontre te mate.” 9. Acima de tudo, és um inimigo de Deus, o grande Deus dos céus e da terra, daquele que te envolve de todos os lados, e pode neste instante enviar-te rapidamente ao inferno. Aquele que estás continuamente afrontando a sua face. Tu estás desafiando-o abertamente. Ó, não o provoques mais dessa forma! Temas o grande Deus! 10. És um inimigo de Cristo, do Senhor que te resgatou. Tu insultas a sua autoridade. Desprezas seu poder soberano e seu terno amor. Tu de novo o crucificas, e quando o chamas de teu Salvador, o que é isso menos do que “trai-lo com um beijo”? 11. Ó, te arrependas! Vejas e percebas que tu és desgraçado. Ores a Deus, para te convencer no íntimo de tua alma. Quantas vezes de novo crucificaste o Filho de Deus, e o expuseste ao vitupério! Ores para que possas conhecer-te a ti mesmo, interior e exteriormente, todo pecado, toda culpa, toda impotência. Então grites, “Filho de Davi, tem misericórdia de mim!” Cordeiro de Deus, tire os meus pecados! Conceda-me sua paz. Justifique o ímpio. Ó, conduza-me ao sangue da aspersão, para que eu possa ir e não pecar mais, e possa amar muito, tendo sido muito perdoado! Tradução: Paulo Cesar Antunes |
Opinião Calvinista da Queda da Ponte Distorce o Caráter de Deus
Roger Olson
The Baylor Lariat, 28 de agosto de 2007
Onde Deus estava algumas semanas atrás quando a ponte interestadual desmoronou em Minneapolis?
Eu cruzei essa ponte muitas vezes em meus quinze anos nas Cidades Gêmeas de Minnesota. Assistir ao desastre mostrado na televisão trouxe de volta algumas recordações. Pude visualizar onde os dois lados da ponte davam – o centro de Minneapolis em uma direção e a Universidade de Minnesota na outra.
Que catástrofe esquisita. Uma ponte moderna, aparentemente bem projetada, em uma área metropolitana importante, desmoronou num piscar de olhos sem qualquer sinal de perigo.
Algo semelhante podia acontecer a qualquer um de nós a qualquer hora. Coisas semelhantes acontecem conosco ou com pessoas exatamente como nós – inesperadamente, expectadores inocentes passando pela vida são desagradavelmente surpreendidos por alguma tragédia estranha.
Então, onde Deus está quando surge uma calamidade aparentemente sem propósito? Alguns religiosos dizem, “Foi a vontade de Deus.” Aqui, vamos nos concentrar apenas nos cristãos.
Um famoso autor e orador cristão pastoreia uma igreja a uma distância de uns dois quilômetros da ponte caída. Para ele e seus seguidores, Deus preordenou, planejou e indiretamente (se não diretamente) causou o evento.
Uma banda de música cristã popular canta “há uma razão” para tudo. Eles querem dizer que Deus torna todas as coisas certas e tem um propósito bom para tudo que acontece. O pastor e a banda são cristãos deterministas. Ambos por acaso crêem numa forma de teologia protestante chamada Calvinismo.
Esta teologia está arrastando milhares de jovens cristãos facilmente influenciáveis. Ela fornece uma resposta aparentemente simples para o problema do mal. Até mesmo o que chamamos mal é planejado e tornado certo por Deus porque ele é necessário para um bem maior.
Mas, espere. E quanto ao caráter de Deus? Então Deus é o autor do mal? A maioria dos calvinistas não querem dizer que sim. Mas a lógica parece exigir esta conclusão. Se Deus planeja algo e o torna certo, como Ele não é responsável por ele? É aqui onde as coisas ficam obscuras.
Alguns calvinistas dirão que Ele não é culpado porque Ele tem uma boa intenção pelo evento – tirar o bem dele, mas a Bíblia expressamente proíbe fazer o mal para que venha o bem.
Muitos cristãos conservadores se assustam com a idéia de que Deus está limitado. Mas o que acontece se Deus se limita para que muito do que acontece no mundo seja devido à finitude e degradação humana? O que acontece se Deus está no comando mas não no controle? O que acontece se Deus deseja que as coisas possam ser de outra forma e algum dia tornará perfeitas todas as coisas?
Esse parece mais o Deus da Bíblia do que a divindade que tudo determina do Calvinismo.
Neste mundo, por causa de nossa ignorância e corrupção, coisas realmente ruins muitas vezes acontecem e pessoas fazem coisas realmente más e perversas. Não porque Deus secretamente as planeja e as estimula, mas porque Deus disse às pessoas caídas, pecadoras, “Ok, não seja feita a minha vontade, mas a sua – por enquanto.”
E Deus diz, “Orem, porque às vezes eu posso intervir para impedir o sofrimento inocente quando as pessoas orarem; essa é uma de minhas auto-limitações. Eu não quero fazer tudo isto sozinho; eu quero seu envolvimento e participação para fazer deste um mundo melhor.”
É uma descrição diferente de Deus daquela com que a maioria dos cristãos conservadores cresceu, mas é a única (até onde posso dizer) que livra Deus da responsabilidade pelo pecado, pelo mal, pelo desastre e pela calamidade.
O Deus do Calvinismo me assusta; Eu não sei direito como distingui-lo do diabo. Se você sofreu influência do Calvinismo, pense em suas conseqüências para o caráter de Deus. Deus é grande mas também é bom. Em vista de todo o mal e sofrimento inocente no mundo, ele deve ter limitado a si mesmo.
Tradução: Paulo Cesar Antunes
Dr. Roger Olson é professor de teologia no George W. Truett Theological Seminary
FONTE: http://www.arminianismo.com/index.php?option=com_content&task=view&id=724&Itemid=1
Opinião Calvinista da Queda da Ponte Distorce o Caráter de Deus
Roger Olson
The Baylor Lariat, 28 de agosto de 2007
Onde Deus estava algumas semanas atrás quando a ponte interestadual desmoronou em Minneapolis?
Eu cruzei essa ponte muitas vezes em meus quinze anos nas Cidades Gêmeas de Minnesota. Assistir ao desastre mostrado na televisão trouxe de volta algumas recordações. Pude visualizar onde os dois lados da ponte davam – o centro de Minneapolis em uma direção e a Universidade de Minnesota na outra.
Que catástrofe esquisita. Uma ponte moderna, aparentemente bem projetada, em uma área metropolitana importante, desmoronou num piscar de olhos sem qualquer sinal de perigo.
Algo semelhante podia acontecer a qualquer um de nós a qualquer hora. Coisas semelhantes acontecem conosco ou com pessoas exatamente como nós – inesperadamente, expectadores inocentes passando pela vida são desagradavelmente surpreendidos por alguma tragédia estranha.
Então, onde Deus está quando surge uma calamidade aparentemente sem propósito? Alguns religiosos dizem, “Foi a vontade de Deus.” Aqui, vamos nos concentrar apenas nos cristãos.
Um famoso autor e orador cristão pastoreia uma igreja a uma distância de uns dois quilômetros da ponte caída. Para ele e seus seguidores, Deus preordenou, planejou e indiretamente (se não diretamente) causou o evento.
Uma banda de música cristã popular canta “há uma razão” para tudo. Eles querem dizer que Deus torna todas as coisas certas e tem um propósito bom para tudo que acontece. O pastor e a banda são cristãos deterministas. Ambos por acaso crêem numa forma de teologia protestante chamada Calvinismo.
Esta teologia está arrastando milhares de jovens cristãos facilmente influenciáveis. Ela fornece uma resposta aparentemente simples para o problema do mal. Até mesmo o que chamamos mal é planejado e tornado certo por Deus porque ele é necessário para um bem maior.
Mas, espere. E quanto ao caráter de Deus? Então Deus é o autor do mal? A maioria dos calvinistas não querem dizer que sim. Mas a lógica parece exigir esta conclusão. Se Deus planeja algo e o torna certo, como Ele não é responsável por ele? É aqui onde as coisas ficam obscuras.
Alguns calvinistas dirão que Ele não é culpado porque Ele tem uma boa intenção pelo evento – tirar o bem dele, mas a Bíblia expressamente proíbe fazer o mal para que venha o bem.
Muitos cristãos conservadores se assustam com a idéia de que Deus está limitado. Mas o que acontece se Deus se limita para que muito do que acontece no mundo seja devido à finitude e degradação humana? O que acontece se Deus está no comando mas não no controle? O que acontece se Deus deseja que as coisas possam ser de outra forma e algum dia tornará perfeitas todas as coisas?
Esse parece mais o Deus da Bíblia do que a divindade que tudo determina do Calvinismo.
Neste mundo, por causa de nossa ignorância e corrupção, coisas realmente ruins muitas vezes acontecem e pessoas fazem coisas realmente más e perversas. Não porque Deus secretamente as planeja e as estimula, mas porque Deus disse às pessoas caídas, pecadoras, “Ok, não seja feita a minha vontade, mas a sua – por enquanto.”
E Deus diz, “Orem, porque às vezes eu posso intervir para impedir o sofrimento inocente quando as pessoas orarem; essa é uma de minhas auto-limitações. Eu não quero fazer tudo isto sozinho; eu quero seu envolvimento e participação para fazer deste um mundo melhor.”
É uma descrição diferente de Deus daquela com que a maioria dos cristãos conservadores cresceu, mas é a única (até onde posso dizer) que livra Deus da responsabilidade pelo pecado, pelo mal, pelo desastre e pela calamidade.
O Deus do Calvinismo me assusta; Eu não sei direito como distingui-lo do diabo. Se você sofreu influência do Calvinismo, pense em suas conseqüências para o caráter de Deus. Deus é grande mas também é bom. Em vista de todo o mal e sofrimento inocente no mundo, ele deve ter limitado a si mesmo.
Tradução: Paulo Cesar Antunes
Dr. Roger Olson é professor de teologia no George W. Truett Theological Seminary
FONTE: http://www.arminianismo.com/index.php?option=com_content&task=view&id=724&Itemid=1
terça-feira, 11 de setembro de 2007
CONSELHO: "Voto de Minerva"
CI/IPB:
Quanto aos presidentes de Concílios compete - "Dar o seu voto nos casos de empate." (Vide Art. 8, "l" do Regimento do SC; Art. 9, "l" do Modelo de Regimento Interno para os Sínodos; Art. 8, "l" do Modelo de Estatuto para o Presbitério)
O Conselho TAMBÉM é um CONCÍLIO.Art. 59 da CI/IPB - "Os concílios da Igreja Presbiteriana do Brasil são assembléias constituídas de ministros e presbíteros regentes."Art. 60 da CI/IPB - ""Estes Concílios são: Conselho da Igreja, Presbitério, Sínodo e Supremo Concílio".
Por analogia, temos a fundamentação para o voto de Minerva do Presidente do Conselho.
Segundo Maria Helena Diniz (Professora Titular de Direito Civil na PUCSP. Leciona Direito Civil Comparado, Filosofia do Direito e Teoria Geral do Direito nos cursos de Pós-Graduação em Direito na PUCSP, onde também é Coordenadora da subárea de Direito Civil Comparado nos cursos de Pós-Graduação em Direito): Voto de Minerva "é aquele que compete ao Presidente de órgão colegiado, ou seja, de tribunal, de assembléias, de sociedade ou de entidade, para fins de desempate" (Dicionário Jurídico).Curiosidade:
Orestes, filho de Clitemnestra e Agamenon, viu a morte de seu pai pelas mãos de Egisto, amante de sua mãe. Ao tornar-se adulto, sob as ordens de Apolo e consideráveis apelos de Electra, Orestes matou Clitemnestra e seu amante. Perseguido pelas Eríneas, não pode se refugiar, sendo submetido a julgamento em Atenas. Como a decisão era tomada por 12 cidadãos, a votação terminou empatada. Diante de empate, Minerva (ou Atena), deusa da sabedoria, proferiu seu voto, desempatando o feito e poupando a vida de Orestes. Eis a razão da expressão voto de minerva (Também conhecido como voto de desempate ou voto de qualidade).
FONTE: http://consultorconstitucional-ipb.blogspot.com/
VISITE e PARTICIPE
terça-feira, 4 de setembro de 2007
O Papa Foi Apenas O Papa
Aí nos chega o Papa, com os títulos de “Chefe da Cidade do Estado do Vaticano”, “Santo Padre”, “Sumo Pontífice”, “Vigário de Cristo”, e outras expressões modestas, cercado do aparato de “simplicidade” que lhe é peculiar, com um empurrãozinho da grande imprensa, e do governo de um pretenso estado laico, mas, embora todos sejam iguais perante a Lei, “alguns são mais iguais do que outros”.
Pois bem, esse “país católico” ficou chocado porque o Papa agiu como Papa, denunciou o que a sua Igreja denuncia, cobrou o que sua Igreja cobra, ensinou o que sua Igreja ensina. Mas que cara de pau! Que reacionário! Onde já se viu Igreja Católica condenar camisinha, defender celibato de padres, ser contra o divórcio e o re-casamento, as drogas, o “ficar”, a castidade, e outras esquisitices? Editorialistas ficaram furiosos porque ele foi contra não só o velho comunismo, mas o pujante e atual capitalismo. Religião é importante – como afirmou o teólogo Luiz Inácio Lula da Silva – para a espiritualidade pessoal, para a sociabilidade e para (minorar as conseqüências) da questão social. A sua assessoria secularista trabalhou bem sua afirmação espontânea.
Como evangélicos defendemos a separação entre Igreja e Estado, como instituições, e a igualdade de todas as entidades religiosas registradas perante a Lei, em direitos e deveres, sem privilégios ou discriminações. Temos que estar de olho no pretenso acordo que está sendo elaborado pelo Itamaraty entre o Brasil e o Vaticano. Mas isso não significa que cada religião, além de exigir disciplina para os seus fiéis, não possa expressar mensagens de conteúdo ético que visem o bem-comum de todos os cidadãos, nem que os seus fiéis pensem e ajam politicamente motivados e inspirados pelos valores, princípios e conceitos da sua fé.
Muita gente quer ser católica, porque essa é a tradição da família ou o status da maioria da população, sem que isso implique compromisso com o que aquela Igreja ensina ou exige, em matéria de doutrina ou de ética. Parece que Benedito XVI não está tão interessado nessa massa (embora não queira perdê-la), mas em uma minoria mais enxuta e mais coerente. Ele não pode ser acusado de “autoritário”, porque a sua Igreja é natural e estruturalmente monárquica, centralizada e hierárquica, em sua construção histórica, em sua origem posterior às Igrejas orientais, desde a lenda de Pedro como primeiro Papa, a “igreja verdadeira”, e coisas tais. Reclamar falta de “democracia” na Igreja Católica é, no mínimo, risível de parte do que resta da Teologia da Libertação, dos liberais, e dos setores da imprensa que quer fazer média e não mídia, e da massa de moderninhos, que querem o filé, mas não os ossos que estão incluídos no pacote. Ser ou não ser, continua uma atualíssima questão!
O Papa, com sua sinceridade, transparência e “amabilidade” alemã ajudou a colocar os pingos nos is. Isso facilita, a todos nós, a sermos concordes ou discordes com ele. É uma voz corajosa, e isso já é positivo. Tem atacado o secularismo materialista e anticristão, e isso o faz, nesse aspecto, um nosso aliado.
Com a alienação e a omissão dos protestantes, ou a incoerência dos católicos, esse País não vai muito para frente.
Papa é para essas coisas. Papa é isso mesmo. Quem não gostar que procure outro produto no amplo e competitivo mercado religioso!
Como Reformados, devemos ser o que sempre somos, e seremos.
Paripueira (AL), 15 de maio de 2007.
® 2007 Dom Robinson Cavalcanti, ose
Bispo Diocesano
Secretaria DiocesanaEscritório Maceió - AL(81) 9111.7172"O próprio Senhor irá à sua frente e estará com você; ele nunca o deixará, nunca o abandonará. Não tenha medo! Não desanime!" (Dt.31:8).
IGREJA ANGLICANA DO BRASILARQUIDIOCESE THOMAS CRANMER COMUNHÃO ANGLICANA INDEPENDENTE"Amor Católico aos Pais da Igreja e Lealdade Bíblica à Reforma."
Protestantismo: Tradicionais Crescem Mais do Que Pentecostais?
Tivemos a divulgação, durante a semana que passou, de duas pesquisas sobre a realidade religiosa no Brasil: uma amostra do Datafolha tomando o período 1996-2007 (começando em uma década e indo até outra década) e o exaustivo trabalho da Fundação Getúlio Vargas, baseada em dados atualizados do IBGE, referentes ao período 2000-2003 (procurando mensurar os primeiros anos de uma nova década). A diferença de metodologias e de períodos estudados é responsável por diferenças entre os resultados.
O Datafolha (1996-2007) é o único a mensurar os espíritas, mantidos com os mesmos percentuais (3%), e os “outras religiões”, com o crescimento de 4% para 5% (+1%). Os “sem-religião” teriam crescido de 5% para 6% (+1%). Para os pesquisadores daquele jornal paulista, no mesmo período teria havido um declínio do catolicismo romano de 74% para 64% (-10%), e um crescimento dos evangélicos pentecostais de 11% para 17% (+6%), e dos evangélicos não pentecostais de 5% para 6% (+1%). Os totais, em percentuais, para a pesquisa da Folha, seriam, então, hoje: 64% de católicos romanos; 17% de evangélicos pentecostais; 6% de sem-religião; 5% de evangélicos não-pentecostais; 5% de outras religiões e 3% de espíritas. A pesquisa ignora a diferença entre pentecostais (Assembléia de Deus, p.ex) e neo/pseudo-pentecostais (Igreja Universal do Reino de Deus, p.ex), o que impossibilita mensurar e comparar os dois grupos, que sabemos são profundamente diferentes.
A pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, denominada: “Economia das Religiões: Mudanças Recentes” é um alentado trabalho de 53 páginas, elaborado por uma equipe técnica respeitável, e se propõe a averiguar uma nova década, século e milênio (2000-2003) em contraste com um período histórico maior (1872-2007). Nesse caso, o declínio de membros do catolicismo romano foi se acentuando com o tempo, tendo acelerado na última década do século passado, os anos 1990. Observemos algumas datas e percentagens: 1872: 99,72%; 1940: 95,01%; 1950: 93,48%; 1960: 93,07%; 1970: 91,77%; 1980: 88%; 1991: 83,34%; 2000: 73,89%. Ou seja, de 1872 a 2000 o catolicismo romano teria declinado 25,83%, mais da quarta parte dos seus seguidores, 9,45% somente no período 1991-2000.
Qual é, então, a grande novidade da pesquisa? O catolicismo romano inicia, por vários fatores, uma grande mudança nessa nova década, estagnando a perda dos seus fiéis: 2000: 73,79% vs. 2003: 73,89%. Não somente teria parado de cair, mas indicaria uma pequena reversão. Essas taxas, mais o crescimento demográfico médio totalizariam 139,24 milhões de católicos no Brasil hoje.
A categoria dos “sem-religião” (que no Brasil não significa, necessariamente, ateus, mas não-vinculados a instituições), que teria tido o seu primeiro e único aumento significativo na década de 1990, conheceria um declínio rápido e acentuado: 2000: 7,4% vs. 2003: 5,1%.
A segunda novidade: os evangélicos, na sua totalidade, continuariam crescendo, porém a índices mais modestos, e, nesse período, teriam avançado mais entre os “sem-religião” do que entre os católicos romanos. Vejamos: 2000: 16,2% vs. 2003: 17,9. Enquanto na década anterior o protestantismo cresceria mais de 1% ao ano, agora levaram três anos para alcançar índices semelhantes. Com projeção semelhante: taxa de crescimento + crescimento demográfico, os protestantes, em seu conjunto, seriam hoje 43,64 milhões de brasileiros.
Uma terceira novidade no estudo da FGV, é que no período atual, os evangélicos tradicionais (não-pentecostais), pela primeira vez em muitos anos, e mesmo que a percentagens modestas, teria crescido mais do que os pentecostais (aqui entendido, também, pentecostais e neo/pseudo-pentecostais juntos). Se, pelos cálculos de crescimento, os evangélicos teriam passado de 26,15 milhões em 2000 para 33,74 milhões de 2003 (com a percentagem mais crescimento demográfico seriam 43,57 milhões). Aí é que entra o fato novo do crescimento dos tradicionais:
2000: 26,15 milhões de Protestantes.
Pentecostais: 18,67 milhões.
Tradicionais (não-pentecostais): 7,48 milhões.
2003: 33,74 milhões de Protestantes.
Pentecostais: 23,57 milhões.
Tradicionais (não-pentecostais): 10,17 milhões.
Em resumo: a) espíritas e outras religiões estagnados; b) catolicismo parando de cair; c) sem-religião declinando; c) protestantes crescendo mais devagar, e mais à custa dos sem-religião do que dos católicos; d) protestantes tradicionais já crescendo, percentualmente, um pouco mais do que os pentecostais (lato senso).
Por um lado o grande guarda-chuva da Igreja de Roma apresenta cardápio com pratos para todos os gostos: teologia da libertação, renovação carismática, opus dei, focolare, romarias ao Juazeiro, devoções populares de padroeiros etc., e tem usado mais a mídia, aumentado o número de diáconos etc. Ou seja, está se movendo.
Por outro os escândalos morais, as frustrações de expectativas ou descoberta de se estar sendo manipulado, o cansaço com o emocionalismo, ou o legalismo, a busca de solidez bíblico-teológica, de raízes históricas e de estética, atingem, mais cedo ou mais tarde, seguidores do pentecostalismo e/ou do neo/pseudo-pentecostalismo, especialmente na classe média mais escolarizada. Essa decepção não é suficiente para que um contingente expressivo vire “sem-religião” ou opte por tomar as pílulas do frei Galvão... (Embora pesquisas na América Central registrem o retorno de filhos e netos do protestantismo pentecostal para o catolicismo romano).
Setores mais lúcidos do Pentecostalismo já falam na necessidade de um intercâmbio, e uma síntese, benéficos entre o seu entusiasmo e a história e a teologia dos tradicionais. No que recebem a concordância de muitos desses. O problema é quando muitos tradicionais já jogaram fora qualquer “tradição”, e não têm qualquer elemento diferenciado para contribuir.
Creio que está mais do que na hora das Igrejas históricas – sólidas em suas tradições, flexíveis em suas abordagens – com humildade, mas sem falsa modéstia, repensarem e aprofundarem a sua identidade, contribuindo para a sanidade do todo religioso brasileiro, participando da construção do futuro. Afinal de contas, nós temos estrada...
Recife (PE), 10 de maio de 2007.
® Dom Robinson Cavalcanti, ose
Bispo DiocesanoSecretaria DiocesanaEscritório Maceió - AL(81) 9111.7172"O próprio Senhor irá à sua frente e estará com você; ele nunca o deixará, nunca o abandonará. Não tenha medo! Não desanime!" (Dt.31:8).
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Tragédia da TAM - SÚPLICA PELOS QUE CHORAM
© 2007 Ed René Kivitz