Purim ensina-nos como nos relacionar com D’us numa época onde os mares não se abrem, onde os arbustos não queimam, onde as pragas não caem sobre os nossos inimigos. A história de Purim ocorreu depois da destruição do Primeiro Templo Sagrado de Jerusalém, quando a era das profecias estava a chegar ao seu final. As pessoas não mais viam milagres revelados e abertos. Era uma época de encobrimento da presença Divina.Cada evento descrito na Meguilát Ester é natural e possível de acontecer, e parecem estar sendo orquestrados completamente pelos seres humanos envolvidos no relato:1) Um rei fica bêbedo e decide chamar a rainha para desfilar para os seus convidados. Isto pode acontecer.2) Vashti, a rainha, recusa-se a comparecer perante o rei. Este, então, decide matá-la. Ester é escolhida rainha. Isto é possível.3) Hamán resolve matar Mordehai e pede permissão ao rei. Pode ser.4) O rei fica com insónia certa noite e relembra um antigo favor que estava a dever a Mordehai. Possível.Mas quando TODOS estes incidentes coincidem, quando TODAS as peças do quebra-cabeças vêm ordenadas, formando uma ‘gigantesca’ coincidência, isto já está próximo de um milagre. Pode ser oculto, mas uma força a dirigir todos os eventos acaba por ser óbvio.Cada ocorrência que Hamán pensava estar a controlar virou-se contra ele, trazendo a sua derrocada. A sua sugestão de matar a rainha Vashti causou o posicionamento de Ester como salvadora do seu Povo. A sua sugestão de utilizar as roupas e o cavalo reais – nascida do seu próprio desejo de honrar a si mesmo, desfilando com os apetrechos reais – tornou-se a recompensa perfeita para Mordehai. E a forca gigante que ele preparou com as suas próprias mãos para pendurar Mordehai foi utilizada contra ele mesmo.Por Toda a história da Meguilá, D’us dirigiu os eventos e usou as escolhas de cada pessoa para formar um quadro com propósito e destino certos: a salvação do Povo Judeu. Era uma época em que D’us escondia a sua face, mas mais do que nunca ficou claro como Ele estava a dirigir o ‘show’. Há simplesmente ‘coincidências’ demais, os elos encaixaram-se perfeitamente.A palavra em hebraico ‘olám’, mundo, vem da raiz ‘neelam’, escondido. O nome de D’us não aparece, mas quando tudo está dito e acaba de ocorrer, a Sua presença é reconhecida em todos os lugares e por todos. Ele não mais está escondido, apenas parece estar. Está nas nossas mãos encontrá-Lo em cada evento da nossa vida!
posted by jone @ 23:34
FONTE: http://comunidadeshemaisrael.blogspot.com/2007_03_01_archive.html
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